Moradores de prédio no Cristo Redentor comemoram retorno de vizinho após 22 dias na UTI com Covid-19

Paciente apresentou tosse, febre e cansaço nos primeiros dias da doença, no início de abril

Escrito por Redação ,

Celebrar uma vida salva em meio à pandemia de coronavírus tem sido fonte de esperança para muitas pessoas. No bairro Cristo Redentor, em Fortaleza, durante a noite desta quinta-feira (7), moradores de um condomínio se reuniram, cada um da sua varanda, para comemorar o retorno do vizinho, o engenheiro químico Francisco Edvar Linhares Junior (35), que estava internado com Covid-19 há 22 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular em Fortaleza. (veja no vídeo abaixo)

O Ceará tem 15.134 mil pacientes diagnosticados com Covid-19 até o início da tarde desta sexta-feira (8). O número de óbitos pela doença chegou em 997. Os dados são atualizados, diariamente, na plataforma IntegraSUS da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

Segundo a esposa de Francisco, Rayara Linhares (26), a alta do marido foi uma “glória de Deus”. “Os primeiros sintomas do meu marido surgiram no início de abril e foram tosse, febre e um leve cansaço. Ele foi entubado três dias depois de dar entrada no hospital. Já no último domingo, ele saiu da UTI, foi para o quarto e ontem recebeu alta”, explica.

Com um filho de seis anos em casa, Rayara diz que o momento foi angustiante. “Sempre mantive muito cuidado com tudo. Não estávamos saindo de casa. Ele ia, no máximo, ligar o carro na garagem, passava pelo elevador, mas até hoje é uma incógnita a forma que ele se infectou”.

Mortes por Covid-19 em Fortaleza

De alta, Francisco segue aos cuidados da família em casa. “Eu também peguei, pois estava em contato direto com ele, mas fui assintomática. Agora, ele tá curado, mas se recupera em casa, com fisioterapeuta”, afirma Rayara.

Homenagem

Para a vizinha de Francisco e artista de maquiagem, Catarina Queiroz (29), “foi um momento que aqueceu meu coração”. “Por isso fiz questão de compartilhar o vídeo desse momento de comemoração e homenagem. Sei que todos estão precisando de esperança nestes tempos sombrios”, ressalta.

Segundo Catarina, o fato mais preocupante é ver alguém jovem e sem comorbidade correr risco com a doença. “É de se comemorar mesmo essa vitória, não só dele que conseguiu a cura depois tantos dias na UTI, mas de todas as pessoas que o querem bem e estiveram em total desespero por esse tempo. É de se aplaudir e homenagear tudo o que isso representa. O que nós moradores fizemos foi externar o sentimento coletivo de esperança, que acredito muito que nos manterá mais fortes pra enfrentar tudo isso”, finaliza.

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