Grupo se reúne na Gentilândia para protestar contra agressão sofrida por estudante no Benfica

Intitulada "Marcha Antifascista em repúdio à agressão dos Carecas do Ceará", o evento havia reunido cerca 1,5 mil confirmações de presença no Facebook

Escrito por Redação ,

Cerca de 80 pessoas se reuniram na tarde deste domingo (21), na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, para manifestar contra a agressão sofrida por um estudante nesse mesmo bairro na última semana. De acordo com uma das organizadoras da manifestação, Vitória Alves, a "essência do evento é totalmente pacífica" e o ato teve como objetivo "combater a violência e buscar a igualdade e respeito".

"É uma localidade que tem muitos estudantes, muita diversidade, além de grupo LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros ou ainda os que questionam a sua própria identidade sexual); negros, e decidimos fazer esse ato pacífico porque com brigas e ranço ninguém consegue ser escutado da maneira correta. A gente quer segurança e respeito, algo que já era para ser direito nosso", disse Vitória.

Gritando palavras de ordem como "Fora, machista" e pedindo ainda o fim do fascismo no Ceará, o grupo iniciou a concentração por volta das 15h30. A movimentação foi organizada por meio do Facebook e foi intitulada como "Marcha Antifascista em repúdio à agressão dos Carecas do Ceará". Cerca de 1,5 mil pessoas haviam confirmado presença no evento, além de outros 3,4 mil que marcaram interesse pelo ato.

A movimentação pregou o repúdio ao grupo "Carecas do Brasil", responsável pela agressão ocorrida no Benfica na última semana. Apesar de os manifestantes repudiarem o ocorrido, algumas discordâncias dentro da marcha resultaram em bate-boca entre quem esteve presente.

Integrantes do movimento punk se mostraram contra o fato de alguns manifestantes estarem "defendendo bandeiras partidárias", chamando algumas pessoas do ato de comunistas.

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Agressão

Na última quinta-feira (18), um estudante universitário foi agredido no bairro Benfica por volta das 21 horas por cinco homens com socos na cabeça, além de palavras racistas e homofóbicas. Os homens foram reconhecidos em fotografias do grupo "Carecas do Brasil", espalhadas por redes sociais.

A agressão teria ocorrido após o estudante arrancar um dos cartazes colados pelo grupo na região. A colagem apresentava mensagens anti semitas, anti maçonaria, contra o comunismo, anarquismo, as drogas e a favor do fascismo. 

Atendendo determinação do procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, o Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) do Ministério Público do Ceará (MPCE) vai investigar as atividades do grupo "Carecas do Brasil".

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