Fortaleza, Caucaia e Maranguape concentram casos de influenza notificados em 2020

Até o momento, nenhum óbito pela doença foi registrado nesse ano

Escrito por Redação ,
Legenda: Ao todo, 97 casos foram notificados, e 45,4% ainda estão sendo investigados
Foto: Foto: JL Rosa

Até o dia 16 de fevereiro, o Ceará teve 97 casos notificados de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). Destes, sete eram de influenza, e estão concentrados nos municípios de Fortaleza, Caucaia e Maranguape, conforme aponta o Boletim Epidemiológico de Influenza divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) na última terça-feira (18). 

Ao todo, 31 casos tiveram os agentes etiológicos identificados, e 45,4% ainda estão sendo investigados. Enquanto o ano passado registrou maior ocorrência de casos de SRAG pelo vírus da influenza, principalmente no segundo trimestre, um cenário semelhante é observado em 2020, no mês de janeiro, quando foi identificado um aumento no número de casos confirmados de SRAG não especificada e influenza. 

"Por enquanto, está dentro do esperado para esse período. Mas no decorrer dos dias, pode mudar a qualquer momento", explica Rita Cardoso, assessora técnica da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Sesa. "Nas amostras que nós isolamos, tivemos a influenza B se equiparando com rinovírus e enterovírus. A influenza B é um agravo prevenível por vacina, que é disponibilizada todo ano para a população. É importante que, assim que começar a vacinação, os grupos prioritários já busquem manter a caderneta em dia", ressalta.

Segundo ela, a campanha de vacinação contra influenza deve começar entre o fim de março e o começo de abril, conforme a previsão do Ministério da Saúde.

Nenhum óbito por SRAG foi registrado nesse ano, por enquanto. Em 2019, foram identificadas 108 mortes, sendo 44 por influenza, 11 por outros vírus respiratórios e 53 não tiveram o agente etiológico especificado. Os casos confirmados por influenza, até o momento, são mais frequentes nas faixas etárias de 1 a 9 anos de idade, em ambos os sexos, representando 57,1% do total de casos. 

"É importante destacar que, nesse período de Carnaval, as pessoas vão muito para aglomerados, então ficam mais propensas a contrair esse tipo de doenças respiratórias. Por isso é importante ter cuidado, lavar as mãos com frequência, e andar com álcool em gel caso não tenham disponibilidade para lavar com água", destaca Rita Cardoso.

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