Estudantes e servidores públicos protestam contra cortes e medidas para educação pública

Os manifestantes se concentraram na Avenida 13 de Maio e seguiram em caminhada até a Praça do Ferreira, no Centro

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: O protesto deste dia 13 é o terceiro do movimento 'Tsunami da Educação'

Estudantes, professores e servidores de instituições de ensino se mobilizaram, na manhã desta terça-feira (13), em protesto contra os cortes do Governo Federal na Educação. Este é o terceiro ato do movimento, chamado pelos organizadores de ‘Tsunami da Educação’. Os manifestantes iniciaram a concentração na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica. 

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Semelhante às duas manifestações ocorridas em maio, as mobilizações desta terça concentraram representantes das maiores instituições públicas de Ensino Superior do Ceará na Capital e em cidades do Interior.

Após da saída dos manifestantes da Praça da Gentilândia para a Avenida 13 de Maio, um ato unificado próximo à reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) bloqueou o trânsito no local. O encerramento da manifestação será na Praça do Ferreira, no Centro, por volta de 12h. Durante o percurso da reitoria até a Praça do Ferreira, os organizadores pretendem passar por uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), também em protesto contra a reforma da Previdência, a ser votada no Senado. Agentes da AMC controlaram o trânsito no local nos cruzamentos das avenidas General Sampaio e Duque de Caxias.

Legenda: Manifestantes estão concentrados na Av. 13 de Maio
Foto: Natinho Rodrigues

O ato foi organizado por membros da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (SINTUFC), Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará (ADUFC) e outras organizações.

As entidades organizadoras da manifestação convocaram um novo ato para setembro.

De acordo com Anísio Melo, presidente da Associação dos Professores e Servidores de Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (APEOC), a estimativa é reunir de 50 a 100 mil pessoas em todo o Ceará, com atos em Fortaleza, Sobral, Cascavel, Iguatu e Cariri.

Para Liz Filardi, da executiva nacional da União Nacional dos Estudantes, a mobilização também ocorre contra o projeto Future-se, que, segundo ela, é “uma tentativa de privatização das universidades federais".

Legenda: Representantes da SINSEF/CE presentes na mobilização contra os cortes de verbas na educação
Foto: Natinho Rodrigues

O anúncio do bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais ocorreu no final de abril deste ano. No Ceará, as quatro grandes instituições de ensino tiveram o impacto de R$ 112 milhões a menos no orçamento. De acordo com o secretário de Educação Superior, o corte R$ 5,8 bilhões só pode atingir as despesas discricionárias, não obrigatórias. 

O Future-se, programa lançado em Julho pelo MEC tem como objetivo fortalecer “a autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais”. Para o MEC, a proposta garante novas fontes de recursos para as universidades públicas.

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