Escolta policial e comboio devem atrasar horário dos ônibus, afirma Sindiônibus

O órgão informou que os coletivos estão cobrindo várias linhas com um itinerário

Escrito por Redação ,

Devido à série de ataques a transportes públicos registrados na última quarta-feira (2) e nesta quinta-feira (3), em Fortaleza e na Região Metropolitana, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) reduziu a frota da Capital e informou que os motoristas farão um trajeto diferente para não fazerem o mesmo caminho dos locais onde foram registrados os incêndios. Após o acontecido, os coletivos passaram a andar escoltados e em comboio, fato que, conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), fará com que as pessoas esperem um tempo maior nas paradas.  

O presidente da instituição, Dimas Barreira, afirmou que 101 ônibus foram atacados de 2014 até este ano, sendo que alguns foram recuperados e outros causaram perda total. Ele diz que a maior preocupação agora é a segurança com a população e com os motoristas. "É um momento crítico. Nós reagimos como podemos. Temos dificuldade com os trabalhadores, já que eles vão encarar o risco de conduzir um ônibus sob uma ameaça. A polícia está dando o respaldo necessário", explicou. 

Na medida em que os veículos chegam aos terminais, as equipes recolhem os carros, que só saem novamente escoltados por viaturas da polícia. Para isso, é preciso que os ônibus façam o trajeto em comboio, o que implica em uma demora no horário de chegada dos coletivos. 

"É preciso fazer uma operação inteligente, cobrindo várias linhas com um itinerário só, o que causa, sim, uma espera maior nas ruas. Com isso, procuramos manter alimentação nos terminais e um patrulhamento mais intenso nos corredores. Às vezes, a viatura tem que sair para atender outra coisa, e esperamos um pouco mais. Então, deixa de ter planejamento, por isso as respostas não são tão objetivas", pontuou Dimas Barreira. 

Ainda de acordo com o representante da pasta, é cedo para mensurar os prejuízos causados. Nos próximos dias, o órgão fará um balanço para avaliar as contas sobre os incêndios, bem como a perda que o sistema teve com diminuição de passageiros. 

"Nós temos uma equipe de campo de quase 200 pessoas, que está interagindo com a nossa central, e nós vamos coordenando essa operação da melhor forma possível, dando um serviço precário, mas com segurança", finalizou. 

 

 

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