Edifício cuja laje desabou será demolido e dará lugar a novo prédio

Parte da estrutura de uma varanda desabou e matou dois homens há um ano. A Defesa Civil interditou o local por tempo indeterminado.

Escrito por Redação ,
O Edifício Versailles, localizado no cruzamento das ruas Ana Bilhar e Joaquim Nabuco, no bairro Meireles, será demolido e cederá espaço para uma torre residencial de 24 andares, com apartamentos do tipo um por andar. Há um ano, parte de uma varanda do segundo andar desabou e vitimou dois operários. No dia seguinte ao acidente, o prédio foi interditado pela Defesa Civil por tempo indeterminado.
 
As sete famílias que residiam no condomínio terão direito a apartamentos no novo edifício, que se chamará Excelsior. Enquanto ele não sai do papel, os proprietários estão morando com parentes ou em moradias de aluguel provisório, além de continuarem pagando impostos e vigilantes referentes ao antigo prédio. Quando a construção do Excelsior for finalizada, essas pessoas ocuparão os sete primeiros apartamentos, cada um com 177m², cujas estruturas serão semelhante às do Versailles.
 
A demolição e a construção do novo prédio ficarão a cargo da Reata Arquitetura e Engenharia, empresa que adquiriu o Versailles por meio de permuta imobiliária. A empresa levou a proposta voluntariamente aos moradores, pois já estava em processo de negociação para a construção de outro condomínio com o prédio vizinho, o edifício Amadeus. “A recuperação da antiga estrutura seria caríssima e uma mácula para os moradores”, afirma Jayme Leitão, proprietário da Reata. 
 
De acordo com o arquiteto, as obras de demolição e construção do Excelsior serão custeadas pelos condôminos dos outros 17 apartamentos. Em breve, o projeto das novas moradias será apresentado aos proprietários do Versailles. Já a demolição do prédio condenado está prevista para os próximos seis meses.
 
O acidente

No dia 2 de março de 2015, por volta das 17h, a varanda do segundo pavimento do Versailles desabou enquanto passava por reforma e atingiu três homens que trabalhavam na obra. Valdízio Moreira Nunes morreu logo após o acidente. Encaminhado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), Juvandir José do Nascimento teve morte encefálica decretada no dia seguinte. O irmão dele, Raimundo José do Nascimento, sobreviveu.

O laudo técnico divulgado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) oito dias depois do desabamento apontou que a falta de manutenção preventiva na edificação foi a principal causa do acidente. Na ocasião, o presidente do Crea-CE, Victor Frota, informou que a estrutura estava comprometida por conta do alto grau de oxidação e infiltrações nas ferragens, que ocasionaram o rompimento das vigas de concreto armado que sustentavam a área atingida.

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