Dono de prédio que desabou parcialmente na Maraponga vai indenizar moradores

A indenização deve cobrir despesas com bens materiais e logística de mudança e outros transtornos gerados pelo incidente

Escrito por Redação ,
Legenda: 16 famílias que moravam no local estão abrigadas em casas de parentes após terem de deixar o prédio devido ao desabamento
Foto: Foto: José Leomar

Após desabamento parcial e inclinação de um prédio na Maraponga no último sábado (1º), moradores receberão indenização dos poprietários do edifício. O valor deve cobrir despesas relacionadas a perdas de bens materias, logística de mudanças e outros transtornos gerados pelo incidente. De acordo com Gerônimo de Abreu, advogado dos donos, os moradores já começaram a ser chamados para conversar e definir os valores de indenização nesta segunda-feira (3).

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"Já estou convocando as pessoas para negociarmos. nós vamos conversar e avaliar a extensão dos danos de cada família. Pedimos para todos elaborarem um relatório resumindo os pertences que tinham em suas residências. Cada caso é um caso", pondera o advogado.

As 16 famílias que moravam no local estão abrigadas em casas de parentes após terem de deixar o prédio devido ao desabamento. Documento emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) dará início às investigações para descobrir as causas do incidente. Nas últimas semanas, moradores já vinham denunciando problemas estruturais no edifício. 

Ainda de acordo com Gerônimo de Abreu, o laudo emitido pelo engenheiro civil Lawton Parente no último dia 30 de maio, dois dias antes do incidente, será utilizado para fins de investigação. Em vistoria, o profissional atestou que não havia risco de desabamento. "Esse parecer está equivocado", destaca o advogado. 

Conforme a assessoria jurídica de Lawton Parente a vistoria realizada pelo profissional e por outro engenheiro no prédio foi executada em visita única ocorrida no dia 21 de maio de 2019, embora o laudo tenha sido entregue apenas em 30/05/2019, antes das inspeções técnicas realizadas pela Defesa Civil, que ocorreram nos dias 24 de maio de 2019 e 26 de maio de 2019. 

Segundo os advogados do engenheiro, tanto a análise realizada pelos engenheiros como a primeira visita que fora realizada pela Defesa Civil no dia 24 de maio de 2019 não constataram qualquer risco estrutural iminente na edificação. Na data de 26 de maio de 2019, em uma nova análise técnica realizada pela Defesa Civil, o órgão informou a alguns moradores a existência de danos estruturais no prédio, porém nada disso  foi levado ao conhecimento do engenheiro.

Por fim, a defesa de Parente afirma que o engenheiro está à disposição dos órgãos competentes para prestar esclarecimentos e contribuir no que for necessário para a resolução do caso.

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