Crônica: Sobre viver a Cidade

Escrito por Mylena Gadelha ,

Pedalar caminhos, seja nas longas vias ou nas ruas estreitas da ensolarada Fortaleza, é uma escolha. Nada que se possa chamar de fácil, acredito. As peculiaridades de uma cidade que pulsa são muitas e notáveis. Mas se é para deixar claro, acredito que não há quase nada igual a sentir o vento no rosto e perceber todo o corpo em movimento quando tudo que se deseja é chegar a um destino.

Ainda existem empecilhos no meio dessa escolha. Carros se acumulam de forma desordenada, alguns caminhos são inacessíveis, falta estrutura. São padrões repetidos em qualquer lugar do mundo. Por aqui, não deixa de ser diferente. Nessa onda, o pensamento para e questiona: “pra quê enfrentar o sol a pino ou os riscos comuns?

Acontece que essa escolha é também de liberdade, meu caro. O corpo pede por mudança quando os padrões de vivência já não parecem satisfazer. É justo deixar de viver a cidade quando o real intuito é poder acessá-la em toda essência? Não mesmo.

Acredito nas bicicletas para representar o que há de mais novo na mobilidade. Pela saúde, pela resistência, por apoiar os novos modais. Pelo que for. O direito de ir e vir deve ser garantido a todos sem exceção, não é essa a regra? Pois então que seja. E que as famosas magrelas se multipliquem por aí. Por sentimento afetivo ou por necessidade: elas também são sinais do futuro.

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