Conheça o interior do maior navio da Marinha do Brasil, que monitora manchas de óleo

O Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico monitora as manchas de óleo no litoral nordestino e estará aberto para visitação em Fortaleza, na sexta-feira (22) e sábado (23)

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Com setores que abrangem desde uma unidade hospitalar até um hangar para mais de dez aeronaves, o Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico chegou ao Porto do Mucuripe, em Fortaleza, nesta quinta-feira (21), e está aberto para visitação. O equipamento pesa cerca de 22 mil toneladas e tem quase 204 metros de comprimento, sendo o maior navio da Marinha do Brasil.

A embarcação estará em Fortaleza até o dia 25 de novembro, cumprindo as ações da operação "Amazônia Azul, Mar Limpo é Vida!", em combate às manchas de óleo no litoral do Nordeste. Em seguida, continuará o percurso em direção à Recife, e, mais tarde, para Salvador.

Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Antes de passar a integrar a esquadra brasileira, em 2018, o PHM Atlântico pertencia à Marinha do Reino Unido, onde servia desde 1998, ano em que foi lançado. O equipamento carrega uma tripulação de 430 pessoas, enquanto sua capacidade comporta até 1.100 tripulantes a bordo. “É o Capitânia da nossa esquadra, o navio mais importante, que geralmente leva o comandante da força. Ele é um navio grande, que tem uma grande capacidade de comando sobre outros navios e aeronaves”, destaca o almirante Luiz Roberto Valicente, comandante da 2ª Divisão da Esquadra.  

Viaturas

Em seu interior, o PHM leva um milhão e 200 mil toneladas de material, incluindo viaturas, carros anfíbios e barcos. O Atlântico estará aberto para visitação gratuita nesta sexta-feira (22) e sábado (23), das 14h às 18h, no Porto de Fortaleza. “Esse navio pertence a todos nós, a todos os brasileiros, e é importante a gente mostrar pro pessoal que a gente tá tratando bem dele, que cuidamos do patrimônio da sociedade brasileira”, afirma o almirante.

Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Embora a visitação seja aberta ao público, nem todos os setores internos da embarcação estarão disponíveis, por questões de segurança e espaço. A reportagem do Diário do Nordeste esteve no interior do PHM, guiada pelo capitão de Mar e Guerra Giovani Corrêa, comandante do Atlântico, que esclareceu a funcionalidade de alguns espaços.

“Mais embaixo temos o nosso hangar, um espaço bem amplo que comporta até 16 aeronaves, e tem o elevador de aeronaves que leva até o convés de voo, onde as aeronaves pousam e decolam”, pontua. Em um piso superior, foi instalada uma enfermaria de oito lugares, para as pessoas que necessitem de acompanhamento médico mais simples.

Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Atendimento médico

“Temos um complexo médico dividido em três partes, basicamente. A primeira é a sala de trauma, onde a gente faz a primeira triagem do paciente, para saber qual é o estado de saúde dele. Se precisar de uma cirurgia, ele é encaminhado para essa segunda sala, que é o centro cirúrgico, e, após a cirurgia, ele vem para a UTI”, detalha.

Outro corredor dá acesso ao Complexo de Operações do navio. O setor é formado por salas de planejamento, pelo Centro de Operações de Combate e pelo Centro de Operações de Combate da Força-Tarefa Embarcada.

“No Centro de Operações de Combate do Navio, nós controlamos tudo que acontece em torno do navio na operação”, explica o comandante. O PHM Atlântico possui, ainda, um radar de última geração que controla todos os contatos na superfície do mar e no espaço aéreo, em um raio de 200 quilômetros do navio. “Qualquer comportamento anormal de algum contato, algum navio mercante, nós mandamos uma aeronave investigar, para verificar se tem algum impacto ambiental”. 

Serviço

  • Data: sexta-feira (22) e sábado (23)
  • Horário: 14h às 18h
  • Local: Porto de Fortaleza
  • Entrada: gratuita
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