Clientes de barraca na Praia do Futuro pagam taxa extra caso consumam produtos de ambulantes 

Estabelecimento cobra R$60 se o frequentador comprar itens de vendedores. A barraca, no entanto, diz que o valor é direcionado ao funcionário

Escrito por Redação ,
Legenda: Aviso foi fixado na estrutura da barraca
Foto: FOTO: HALISSON FERREIRA

Clientes de um estabelecimento comercial da Praia do Futuro precisam pagar um valor adicional caso adquiram produtos de vendedores ambulantes. “Cobramos R$ 60 de rolha por produto consumido não da barraca”, informa um aviso fixa na barraca New Beach

O gerente da barraca, que não quis se identificar, justificou que os avisos foram colocados nessa segunda-feira (13) para evitar a venda fixa de produtos em frente à casa.  Ele esclareceu ainda que a cobrança é direcionada aos funcionários e não aos clientes. 

Contudo, uma turista desmentiu a informação. A funcionária pública de Minas Gerais, Vera Diniz, disse que foi informada da proibição por uma funcionária logo ao chegar na barraca. “Quando eu cheguei, ela disse que se eu comprasse alguma coisa de ambulante, teria que pagar uma rolha de R$ 60 reais”.

Por meio de nota, a barraca informou que os "avisos de cobranças de rolha de consumo foram afixados apenas durante um evento particular e eram destinados aos participantes da festa e não aos ambulantes".  

Dificuldade
 
Segundo a vendedora ambulante Andrea Monteiro, que trabalha há 10 anos na área, a proibição já rendeu prejuízos. Uma cliente quis comprar brinquedos, mas mudou de ideia quando lembrou do valor exigido pela barraca. 
 
“Eu acho isso aí muito errado esse negócio de o cliente não poder comprar da gente porque vai pagar R$ 60 reais. A gente está aqui é para ganhar o sustento, não é para tirar nada de ninguém, é para levar comida pra casa”, lamenta. 
 
A presidente da Associação das Barracas da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, considera como “uma atividade totalmente contra o fluxo” a cobrança imposta pelo estabelecimento. Apesar de afirmar que há um assédio dos ambulantes, ela diz que a entidade preza pela “boa convivência com” os vendedores.
 
“Nós vamos estabelecer uma conversa com a barraca ainda hoje, entender o que está acontecendo, ouvir a parte dele e orientar mais uma vez, porque nós estamos em um período bom, vamos trabalhar em paz”, ressaltou Fátima Queiroz. 
 

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