Barra do Ceará ainda registra mais óbitos por Covid-19; Meireles e Aldeota voltam a chamar atenção

Até esta sexta-feira (22), a Barra do Ceará já havia contabilizado 71 mortes em razão do novo coronavírus; na semana anterior, eram 45

Escrito por Redação ,
Legenda: Em expansão na capital cearense, doença já chegou a mais de 90 bairros; muitos deles periféricos
Foto: Foto: Carlos Marlon

O novo informe epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza sobre a disseminação da Covid-19 na Capital foi divulgado na noite desta sexta-feira (22). Conforme o documento, a Regional 1 continua sendo o epicentro de casos confirmados e óbitos pela doença; a Regional 2 reaparece com alta concentração de notificações; e a Regional 6 se mantém menos afetada que as demais.

 

Atualmente, o aglomerado urbano que mais preocupa a SMS é a Regional 1, que compreende o Grande Pirambu, incluindo bairros como a Barra do Ceará, Cristo Redentor, Jacarecanga e Vila Velha. Segundo o documento, em uma semana, o número de óbitos na região subiu de 232 para 352. A Secretaria encara as mortes provocadas pela Covid-19 como um importante marcador da infecção, ou seja, se há um óbito, significa que muitos casos estão ao seu redor.

É na Regional 1 que o bairro com o maior número de falecimentos pela infecção está. Até esta sexta-feira (22), a Barra do Ceará já havia contabilizado 71 mortes em razão do novo coronavírus; na semana anterior, eram 45. Em número de fatalidades na área, seguem: Cristo Redentor (43), Vila Velha (43), Carlito Pamplona (35) e Alvaro Weyne (28). 

Reaparecimento

De acordo com análise do gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, houve "reaparecimento do epicentro inicial nos bairros centrais da Regional 2 (Meireles-Aldeota)".  Em uma semana, os bairros, somados, tiveram incremento de 22 casos fatais; saíram de 37 para 59. O mapa de calor disposto no documento, reacende o alerta na região, que vinha diminuindo o número de contágios desde o começo de abril. 

Legenda: Mapa dos últimos 15 dias mostra reaparecimento de foco entre Aldeota e Meireles, na Regional II

Além de Meireles e Aldeota, o Grande Vicente Pinzón também é um dos focos da pandemia na Capital. Na região, o bairro que dá nome ao aglomerado registrou mais 10 mortes em uma semana, saindo de 35 para 45. Além dele, estão acima no número de registros de fatalidades: Cais do Porto (33), São João do Tauape (30) e Centro (28). 

Na Regional 2, também está registrado o único bairro da Capital que ainda não teve registros de mortes pela Covid-19. O De Lourdes também foi um dos últimos locais a registrarem casos confirmados durante a disseminação em massa pelas regionais.

Regional 3 e 4

Nessas áreas, o informe epidemiológico destaca os bairros Autran Nunes, Quintino Cunha e Pici, da Regional 3. Conforme o documento, nesses locais há aglomerados concentrados de óbitos nas últimas duas semanas. Contudo, nessa regional, quem mais tem marcações de mortes pela doença é o bairro Antônio Bezerra, com 27. 

Já a Regional 4 segue apresentando os menores índices de casos confirmados e óbitos, sendo, respectivamente, 1.538 e 180. Nessa região, Parangaba já registrou 24 fatalidades, seguida do Bairro de Fátima com 21. 

Mortes por Covid-19 em Fortaleza

Regional 5

Na análise da SMS, também há aglomerados importantes de óbitos na Regional 5, com foco em bairros como Grande Bom Jardim, Planalto Airton Sena, Parque São José e José Walter. Este último já registrou 30 mortes desde o início da pandemia. Mais recentemente, o Mondubim despontou mais do que dobrando o registro de fatalidades pela Covid-19; em sete dias, o número saiu de 19 para 42. 

Na regional, com relação ao número de óbitos, também chamam atenção os bairros Granja Lisboa (32), Granja Portugal (30) e Bom Jardim (28). 

Regional 6

A Regional 6, conforme Antônio Lima, "permanece pouco afetada, sobretudo quando se consideram os desfechos fatais, indicando provavelmente uma menor circulação viral". A região foi a única, até o momento que não apresenta concentração de óbitos, o que, segundo o documento, "significaria uma maior população suscetível".

Na regional, apenas um bairro somou mais do que 20 mortes por Covid até esta sexta-feira (22). O Jangurussu já conta 24 falecimentos pela doença, além de Messejana com 20 e Passaré com 17.

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