Após chuva forte, mulher precisa usar isopor para conseguir sair em rua alagada

Localizada no bairro Boa Vista, moradores apontam que a situação se agravou na região após a implantação de uma barragem na área

Escrito por Redação ,
Legenda: Jordana conta que quando a rua alaga precisa usar o pedaço de isopor para conseguir sair de casa
Foto: Halisson Ferreira

Moradora da Rua São Sebastião, no bairro Boa Vista, a dona de casa Jordana Oliveira precisou utilizar um pedaço de isopor para conseguir sair de casa e acessar o comércio local. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) Fortaleza contabilizou 92 mm de chuva, das 7h de quinta-feira (13) às 7h desta sexta. 

“Choveu bastante e qualquer chuva fica assim”, destaca a dona de casa. Jordana conta que a situação dificulta a realização de seus afazeres e levar sua filha de quatro anos para a escola.

Legenda: A pequena Maria diz que sua mãe a leva no isopor, quando a rua está alagada, e que não gosta da água.
Foto: Halisson Ferreira

Sobre a forma improvisada para se locomover, Jordana diz que o material também já foi usado pela vizinhança. “Quando tinha mais gente na rua, a gente emprestava. Tirava as coisas de casa e tudo”. Preocupada com seus pertences, a dona de casa falou que deve suspender os objetos em tijolos para evitar mais prejuízos. “Eu tô atenta porque tenho que levantar as coisas para molhar e não perder sofá, guarda-roupa…” Jordana conta que a situação se repete no bairro Boa Vista e que algumas pessoas já saíram do local. “Até agora não veio ninguém falar com a gente”, pontua 

Legenda: Moradores precisam vigiar o nível da água para não perder seus pertences no alagamento.
Foto: Halisson Ferreira

José Rodrigues, que trabalha como montador, mora na Rua Paula Francinete, também no Boa Vista. “Todas as ruas que você descer aqui no bairro é desse jeito com casas debaixo d'água. As pessoas acordam de madrugada com a água invadindo as casas”. Ele conta que a situação é mais complicada para um vizinho cadeirante e para idosos como sua mãe. “Minha mãe, uma senhora de 72 anos, (tem) o guarda-roupa até hoje em cima de cadeiras e toda vida que é pra pegar uma roupa ela precisa subir num banco”. Ele diz que quando chove precisa ficar checando o nível da água.

Legenda: A situação é ainda mais grave para os moradores com problema de locomoção.
Foto: Halisson Ferreira

A doméstica Orlandir Gomes mora há 42 anos no local e diz que o problema surgiu após a implantação de uma barragem nas proximidades. “Antes da barragem não era assim agora, quando chove, as enchentes são frequentes”, pontua.
 

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