Abrigo para crianças e adolescentes interditado há 10 dias aguarda reforma

Funcionários do local disseram que o prédio enfrenta problemas estruturais há anos. Não há data confirmada para o início da reforma

Escrito por Redação ,
Legenda: O muro desabou no dia 24 de abril de 2019
Foto: FOTO: KILVIA MUNIZ

Dez dias depois de ter sido interditada, a Unidade de Acolhimento Casa Abrigo, localizada no bairro Cristo Redentor, onde são atendidos crianças e adolescentes em situação de rua, segue à espera do início da reforma. Nessa sexta-feira (3), a Defensoria Pública do Estado do Ceará divulgou ter requerido desde março de 2019, por meio de uma Ação Civil Pública, a suspensão por completo de abrigamento de novas crianças e adolescentes no prédio.

De acordo com a Defensoria, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SPS) comunicou já ter feito transferências das crianças após o muro da unidade ter desabado no último dia 24 de abril de 2019. Há informação que as crianças foram remanejadas para um abrigo de idosos, outra parte para um abrigo de mulheres em situação de violência e o restante redistribuída para outras unidades de acolhimento infantil.

Por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), a Defensoria Pública exige que o Governo do Estado alugue casas adequadas para receber as crianças e adolescentes e faça a redistribuição de forma correta, respeitando os vínculos familiares.

Moradores do local contaram à reportagem que esta Casa Abrigo enfrenta problemas estruturais há anos. Conforme funcionários do equipamento, foi informado a eles que a previsão é de que a reforma do prédio comece nesta próxima segunda-feira (6). A Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania e Direitos Humanos comunicou via nota que  transferência das crianças abrigadas na Casa Abrigo para outras unidades de acolhimento foi feita de forma emergencial, em virtude de problemas estruturais da hospedagem decorrentes do período chuvoso.

"Atualmente, a Secretaria está dando celeridade à busca de imóveis adequados para realizar a locação e posterior mudança dessas crianças para os novos espaços. A SPS informa que tudo foi feito com vistas a garantir a normalidade na rotina dessas crianças, assegurando a manutenção de suas atividades cotidianas e mantendo juntos abrigados da mesma família. A Secretaria está em diálogo com o Poder Judiciário, buscando agilizar o retorno de algumas crianças às suas famílias. Vale destacar que todo o sistema de Justiça (Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública) foi devidamente comunicado da transferência", pontuou a Pasta na nota. 


 

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