‘Abraçaço’ alerta para direito de mulheres com deficiência na Praça do Ferreira

Pelo menos dez pessoas participaram do ato e reforçaram a necessidade de quebrar estereótipos e barreiras em relação às pessoas com deficiência

Escrito por Redação ,
O movimento sempre intenso da Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, foi quebrado por momentos de ternura, neste sábado (29). A Associação de Mulheres Especiais (AME) promoveu um “abraçaço”, durante a manhã, com o objetivo de alertar a população para os direitos das pessoas com deficiência (PCDs).
 
Pelo menos dez pessoas participaram do ato e reforçaram a necessidade de quebrar estereótipos em relação às PCDs – entre elas a dona de casa Cristina Félix de Souza, que perdeu o movimento das pernas após contrair poliomielite (paralisia infantil). “A deficiência não impede a gente de ser feliz nem de fazer nada. Tudo o que você quiser, você pode e consegue, assim tenha vontade”.
 
A presidente da AME, Ruth Queiroz, ressalta a importância que um ato simbólico pode ter para combater o preconceito e derrubar as chamadas barreiras atitudinais, os comportamentos discriminatórios por parte da sociedade. “Independentemente de raça, cor ou religião, todas as pessoas querem ser acolhidas, sentir um abraço, a proximidade. O fortalecimento dessa afetividade serve para que possamos ter um mundo menos preconceituoso, mais acessível e mais acolhedor”.
 
As dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência, aliás, transpõem as barreiras sociais. “Por onde a gente anda, sempre tem obstáculos: as calçadas não são niveladas corretamente, tem lixeira no meio e até nos locais onde tem piso tátil”, reclama John, que teve complicações na visão e, hoje, enxerga parcialmente.
 
Setembro Amarelo
 
O Dia do Abraço integra a programação de ações da Primavera AME, que visa sensibilizar a sociedade sobre as mulheres e suas especificidades. Ainda durante o “abraçaço”, as ativistas conversaram sobre os principais sintomas que podem ser identificados para evitar quadros depressivos e acolher para prevenção ao suicídio.
 
Além dos atos, a ONG atua com intervenções urbanas, indicando a melhoria dos espaços públicos e serviços para pessoas em situação de vulnerabilidade social; e atua ainda na defesa dos direitos das mulheres com deficiência no Ceará.
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