26 óbitos por Covid-19 foram confirmados em abrigos do Ceará, sendo 19 em Fortaleza

As Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) no estado registram 96 casos confirmados da doença, de um total de 1790 internos, conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE)

Escrito por Redação ,
Legenda: Apenas 38, dos 65 abrigos preencheram o formulário de acompanhamento do MPCE
Foto: Foto: Fabiane de Paula

O Ceará, com 65 Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) e 1.790 internos, apresenta 26 mortes confirmadas pela Covid-19 e outras 16 com casos suspeitos, em que os pacientes apresentaram sintomas da doença, mas não tiveram a confirmação no teste. Ao todo, 96 casos foram registrados com a confirmação do coronavírus, segundo o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Hugo Porto. Os dados são da última sexta-feira, 22/5.

Fortaleza possui 25 ILPIs com 736 internos e se apresenta como foco dos casos no Ceará, somando 19 mortes pela doença e 70 casos confirmados. Os óbitos registram uma porcentagem de 73% do total, enquanto a confirmação da doença equivale a cerca de 72%

Na pesquisa, no entanto, a resposta veio de somente 12 instituições da capital, com 533 idosos ao todo. No cenário estadual, apenas 38, dos 65 abrigos preencheram o formulário de acompanhamento do MPCE, representando 1.313 idosos de 1.790. 

Com a pandemia do novo coronavírus, o MPCE recomendou a elaboração de um plano de contingência para as ILPIs, buscando resguardar a saúde de idosos e funcionários. Essas instituições seguem sendo monitoradas pelo órgão, verificando informações como quantidade de idosos abrigados, casos suspeitos e confirmados de Covid-19, internações e óbitos, ações de prevenção e equipamentos de proteção individual.

Mortes por Covid-19 em Fortaleza

Relatório

Segundo o promotor e coordenador da área do idoso do Grupo Especial de Combate à Pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19) do MPCE, foram criados formulários ainda na primeira quinzena de abril, para serem respondidos pelas instituições e, dessa forma, faciliar o acompanhamento do órgão sobre a situação nas ILPIs.

“Nós temos dois tipos de relatórios. Um relatório semanal, que compila a situação da ILPI e um relatório individual, que se dá pelas ocorrências baseadas em 4 marcadores: se houve um óbito, uma internação, uma confirmação por Covid-19, ou uma suspeita da doença. Em caso de cada um desses quatro marcadores é gerado um segundo formulário”, explica Hugo. 

 

Fiscalização

Em meio à pandemia, o MPCE considera a preparação de uma inspeção virtual, aos moldes do que já tem sido realizado em outras políticas públicas, mas segue trabalhando nos eixos já existentes de fiscalização.

Realizam o acompanhamento do plano de contingência, versando saúde e assistência; o preenchimento dos formulários que registram os dados do MPCE e a articulação dos entes públicos e os conselhos, com atividade de articulação com a Sesa e as secretarias municipais. 

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