Morre em Fortaleza o cantor Stélio Valle

Escrito por Redação ,
Legenda:
Foto:
A música cearense perdeu ontem o talento do cantor e compositor Stélio Valle. Remanescente da segunda geração de músicos do Pessoal do Ceará e participante da Massafeira, o músico de 57 anos faleceu ontem, por volta das 5 horas, segundo informações de familiares, após ser levado ao IJF, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).

O corpo foi velado na casa que pertenceu à família do cantor, no Centro de Fortaleza. O sepultamento acontece hoje, às 11h, no Cemitério São João Batista. De acordo com Ruth Rener, que foi casada com o artista de 1985 a 1996, Stélio não aparentava preocupação com problemas de saúde. “Estive com ele ontem (quarta-feira) à noite, e ele estava muito bem. Saiu lá de casa umas nove horas da noite, normal, e foi pra casa. Lá simplesmente se sentiu mal e teve um AVC”, disse Ruth ao Diário do Nordeste, consternada pela perda de Stélio, com quem conta que nunca deixou de manter contato.

“Era um homem muito generoso, fiel nas amizades, muito querido pelos amigos”, afirma Ruth. “E amava o violão, a música. Tocava pra todo mundo o tempo todo”.

Nascido aos 25 de maio de 1950, Stélio Romero do Valle, que além de músico era formado em Administração de Empresas, teve dois filhos com Ruth: Stênio Romero Oliveira do Valle, de 19 anos, e Karine Romero Oliveira do Valle, de 16.

A segunda esposa do cantor, Simone Silva do Valle, está grávida de sete meses do segundo filho do casal, que em uma união de 14 anos também teve Manoel Moisés Silva Romero do Valle, de 11 anos de idade.

“Ele estava bem, não aparentava nenhum problema. Essa semana foi um amigo dele lá em casa, e ele tocou violão a tarde toda”, declarou Simone.

Parceiro de compositores como Alano Freitas, Chico Pio, Fausto Nilo, Francis Vale, Gilberto Fonteles e Nertan Moreno, Stélio Valle teve registradas por intérpretes como Raimundo Fagner, Nara Leão e Núbia Lafayette canções como “Apaixonadamente”, “Romance popular” e “Coração condenado”. Gravou os discos solo “Brilho” (1979) e “Ser feliz” (1999).
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.