Jabuti ferido é encontrado no bairro São Gerardo

Escrito por Redação ,
Um jabuti foi encontrado, por volta das 7 horas da manhã de ontem, no bairro São Gerardo, próximo ao canal do Riacho Alagadiço. A dona-de-casa Mocinha Alves Martins, ao fazer sua caminhada matinal, achou o animal com o casco quebrado, provavelmente depois de um atropelamento, próximo a uma árvore e levou para casa.

Lá, o jabuti, com o tamanho aproximado de um capacete e cerca de dois quilos, foi colocado em um balde com água, para aguardar o atendimento. A família ligou para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), às 11 horas. Mas a viatura demorou cerca de uma hora e meia para buscá-lo.

De acordo com o comandante da Companhia de Policiamento Ambiental (CPMA), major Marcos Costa, o animal pode ter fugido de uma casa ou mesmo ter sido abandonado. O quelônio foi levado para o zoológico Sargento Prata, para ser atendido por um veterinário. "Dependendo do tipo de lesão, a tartaruga poderá ser sacrificada", afirmou.

Diferente da tartaruga, o jabuti vive exclusivamente na terra. Ele também pode ser facilmente identificado pelo casco alto e pelas patas traseiras em formato cilíndrico, que lembram as de um elefante

Ao encontrar uma tartaruga, cágado ou jabuti, segundo o major Marcos Costa, deve se ligar para o telefone 190, da Ciops, que enviará uma viatura da CPMA para o local. "Depois de recolhermos o animal, encaminhamos para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Messejana, onde ele é atendido por um veterinário. No caso de ser uma tartaruga marinha, a instituição poderá encaminhá-la para a sede cearense do Projeto Tamar, em Itarema ou mesmo para a Bahia, para a sede nacional do projeto", explica.

O comandante também chama a atenção para a importância de não se dar nenhum tipo de remédio ao animal, como pomadas, e de deixá-lo na água, mas com condições para que ele possa respirar sem dificuldades. O único alimento que deve ser oferecido é alface, já que os quelônios são herbívoros e, no caso de tartarugas marinhas, se alimentam de algas.

O chefe de fiscalização do Ibama, Rolfran Ribeiro, diz que a maioria dos casos de tartarugas marinhas encontradas acontece de sexta-feira à tarde a segunda de manhã. Segundo o major Marcos Costa, a região norte do Estado é a que tem a maior incidência de quelônios, seguida do Pecém, Lagoinha, Fortim e Icapuí. Ainda conforme ele, o Jabuti permanece vivo, mas seu estado de saúde ainda inspira cuidados.
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