Inquérito do naufrágio com mortes de cearenses está próximo da conclusão; piloto pode ser indiciado

O delegado Aylton Prazeres concedeu entrevista ao G1 Alagoas e afirmou que pretende indiciar o piloto por homicídio culposo (quando não há intenção de matar)

Escrito por Redação ,
Legenda: Duas cearenses morreram em acidente com catamarã na Praia de Maragogi, em Alagoas
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Prestes a completar um mês, o inquérito que investiga o naufrágio de um catamarã em Maragogi, em Alagoas, deve ser finalizado ainda nesta semana. Duas cearenses, identificadas como Maria de Fátima Façanha da Silva, 65, e Lucimar Gomes da Silva, 69, morreram na tragédia. De acordo com informações divulgadas pelo G1 Alagoas, o marinheiro que pilotava a embarcação deve ser indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

Em entrevista concedida ao G1 Alagoas, o delegado Aylton Prazeres, responsável por investigar o caso, afirmou que o marinheiro Ivanilton Oscar será indiciado, mas não será preso: "Acredito que se o piloto fosse mais decisivo, coisa de minutos, conseguiria evitar vítimas. Houve demora na distribuição dos coletes. Mas não vou pedir a prisão, porque nesse caso não foi feito flagrante. O processo vai correr normalmente e a prisão vai depender do entendimento do Ministério Público (MP-AL)”, informou o policial.

Entre testemunhas e responsáveis pela embarcação, ao todo, foram ouvidas 13 pessoas. O delegado destacou que o laudo da Marinha do Brasil ainda não foi entregue, mas, para ele, isso não impedirá a conclusão dos trabalhos: "já estou convicto de que houve esse homicídio culposo".

No dia 27 de julho de 2019, nesta exata embarcação, estavam cerca de 60 pessoas, entre elas dois palestrantes e seis tripulantes do receptivo da empresa. O barco virou após atingir uma pedra.

À época, a Prefeitura de Maragogi divulgou em nota que a embarcação estava em um local de visitação não permitido e o proprietário do catamarã já havia sido autuado em virtude de passeios clandestinos, tendo "de forma reincidente, desobedecendo dispositivos legais, insistiu em prosseguir ignorando até mesmo o Ministério Público".
 

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