Fortaleza Solidária tem 200 ONGs cadastradas no banco de dados

Representantes de Organizações Não Governamentais participaram de uma reunião de engajamento na terça-feira (9), em que foi formado um banco de dados para o funcionamento do programa de incentivo ao voluntariado

Escrito por Redação ,
Legenda: Inspirado em uma plataforma que já funciona em outras cidades, como Recife, o Fortaleza Solidária busca conectar ONGs e voluntários. A Edisca (foto) é uma das instituições cadastradas
Foto: Foto: José Leomar

A iniciativa que visa estabelecer uma rede de solidariedade em Fortaleza deu um novo passo rumo à sua concretização. Durante reunião de engajamento realizada ontem (9), um banco de dados foi formado para o funcionamento do programa Fortaleza Solidária. Até então, 200 Organizações Não Governamentais (ONGs) cadastraram-se na plataforma.

No Teatro da Escola de Desenvolvimento e Integração Social para Criança e Adolescente (Edisca), a reunião contou com a presença de embaixadores do programa, empresários, representantes de ONGs e líderes comunitários.

"As organizações se cadastram, a gente faz uma avaliação de cada uma, visita e verifica a seriedade do trabalho da ONG, e então elas podem cadastrar suas vagas para que a gente faça essa conexão entre elas e os voluntários disponíveis", detalha a advogada e pedagoga Lílian Fontele, coordenadora do Fortaleza Solidária.

Expectativa

Até março de 2020, a expectativa do programa é alcançar a marca de 50 mil voluntários cadastrados. Para a empresária Ticiana Rolim, diretora Comercial e de Marketing da C. Rolim Engenharia, o programa consegue reunir, de forma coesa, elos importantes da sociedade em prol do bem comum. "Muita gente quer ajudar, mas não sabe como. Essa ferramenta vai auxiliar nisso. Será possível doar seu tempo, se voluntariando para dar aula ou contar histórias em creches, por exemplo. Tudo de acordo com seu tempo disponível", ressalta.

Outra proposta do Fortaleza Solidária, de acordo com a coordenadora do projeto, diz respeito à profissionalização das ONGs cadastradas. As lideranças deverão ser orientadas para que saibam como captar recursos financeiros e se organizar internamente e em redes sociais.

Idealizadora da Edisca, projeto responsável por aulas e atividades socioeducativas para mais de 300 crianças e adolescentes vulneráveis da Capital, Dora Andrade reconhece a necessidade tanto de voluntários, quanto de doações. "Temos muita coisa para fazer aqui dentro e estamos de portas abertas e esperançosos de que chegue gente", diz.

Desafios

"Voluntariado não é um desafio pra gente. A nossa dificuldade é finalizar um programa de voluntariado que estamos construindo há dois anos. Ainda estamos aprendendo a fazer, a cada novidade a gente vai mudando, por isso não conclui", explica Fabrini Andrade, do Instituto Povo do Mar. Segundo ela, outro desafio da ONG é a infraestrutura, agravada com as chuvas. O programa representa esperança de mudança.

Para quem desejar contribuir para o programa através de trabalhos voluntários ou doações, é possível se cadastrar também através do site www.Fortalezasolidaria.Org.Br. "Qualquer pessoa que tenha alguma habilidade que possa servir em trabalho voluntário, ou tem algo em casa que vai trocar e não vai mais servir deve lembrar de instituições que estão precisando do seu tempo ou desse bem", diz Lílian.

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