Fortaleza amplia ações de combate ao mosquito até o próximo dia 30

A Semana Nacional de Combate ao Aedes nos estados e municípios começou ontem. Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde da SMS, este período do ano é definitivo para evitar o aumento no número de casos em 2019

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: As áreas mais problemáticas são as de maiores densidades demográficas
Foto: FOTO: SAULO ROBERTO

A Semana Nacional de Combate ao mosquito Aedes aegypti teve início ontem e segue até o dia 30. Milhares de unidades públicas e privadas, escolas da rede básica e centros de assistência social se mobilizam a fim de unir esforços no enfrentamento do transmissor da dengue, zika e chikungunya.

No Ceará, a semana incluirá mutirões em espaços públicos. Conforme Nélio Morais, coordenador de Vigilância em Saúde (Covis) da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), quatro bairros da Capital atualmente requerem maior atenção: Jangurussu, Bom Jardim, Vicente Pinzón e Cristo Redentor.

O representante da SMS destacou que as áreas com maiores densidades demográficas e problemas sociais em Fortaleza já vêm recebendo programação há 20 dias. Nos próximos dias, equipes extras de mobilização, segundo Nélio, irão às escolas, reuniões de associações em bairros e irão realizar blitze educativas na tentativa de atingir um maior número de pessoas.

"Outra ação estratégica é trabalhar junto da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP). Neste momento que não chove, há óvulos do mosquito impregnados esperando cair a primeira gota d'água. Chuva e umidade dão potência para a reprodução do Aedes. Neste período do ano, a força de reprodução é maior", disse Nélio Morais.

Antecipação

De acordo com o coordenador, outra atividade específica que será ampliada é a retirada dos pneus - um dos objetos mais propícios para acúmulo de óvulos do mosquito Aedes. O trabalho acontecerá nas seis Secretarias Executivas Regionais da Capital e no Centro.

"As ações serão pontuais e descentralizadas. Há muitos bairros com cenários de risco, em Fortaleza. Trabalhamos para arrumar tudo antes da chuva. É importante fazermos tudo até janeiro, e é preciso investir largamente no controle vetorial, para diminuir a transmissão destas doenças. Este é o momento em que temos que agir bastante para garantir toda tranquilidade em 2019", ressaltou o coordenador.

O ano de 2018 é considerado pela Secretaria Municipal de Saúde como um dos que houve menos casos de dengue na história. O último boletim epidemiológico divulgado pela Pasta apontou 868 registros da doença até o dia 20 de outubro. Já de confirmações relacionadas à chikungunya, foram 497 neste período.

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