Fornecimento de soro na Capital está garantido

Escrito por Redação ,
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Coordenador da Sesa afirma que gerenciamento dos estoques pode ser feito pelos hospitais e diz que há soro no mercado

Não há desabastecimento de soro fisiológico nas unidades de saúde de Fortaleza, garantiu ontem Messias Barbosa, coordenador de Gestão Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Temos licitação para o fornecimento desse material, tanto para o IJF (Instituto Doutor José Frota) como para a rede secundária. Recebemos os produtos de três empresas fabricantes e os estoques estão normais até o momento”.

Barbosa ressalta ainda que as unidades da Capital utilizam, desde janeiro de 2008, o soro (solução parenteral) com embalagens em sistema fechado — sem entrada de ar —, conforme foi determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), quem gerencia os estoques de soro fisiológico são as secretarias municipais ou as próprias unidades. “Cada hospital tem autonomia para a aquisição do seu estoque da solução. Acontece que, das três empresas que produzem a solução no Ceará, uma ainda não se adaptou às normas da Anvisa, mas está no fim da implantação do novo sistema”, informou.

Conforme ele, no Brasil há 13 empresas que fabricam a solução parenteral e apenas três ainda não se enquadraram na resolução da Anvisa.

“As outras duas fabricantes que comercializam para o Ceará estão com o fornecimento normal de soro. Elas têm condições técnicas suficientes para produzir para todo o Estado, ou seja, não há falta do produto no mercado. Até o momento não temos conhecimento de desabastecimento”, disse Fonseca.

A Farmace Indústria Químico Farmacêutica Cearense, localizada em Barbalha, é uma das fabricantes de soro fisiológico no País que ainda está implantando a produção em embalagens com sistema de infusão fechado. “A partir de maio deste ano, já teremos o produto. Nosso fornecimento de soro no sistema aberto está normal. Ainda há muitos hospitais na região que utilizam a solução dessa forma”, explicou William Bailo, gerente da Farmace.

Prazo

Resolução da Anvisa estabeleceu, em março de 2003, a troca do sistema de infusão das soluções parenterais de grande volume (mais que 100ml) com objetivo de diminuir riscos de infecção. A princípio, o prazo para substituição nas unidades de saúde foi de dois anos, depois prorrogado até o dia 30 de março deste ano. O prazo final para início da produção em sistema fechado foi 30 de novembro do ano passado.

GUTO CASTRO NETO
Repórter

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