Escolas que combaterem o Aedes receberão selo

A Capital já registrou, neste ano, 2.856 casos de dengue, 3.690 de febre chikungunya e 60 casos suspeitos de zika

Escrito por Redação ,
Legenda: O selo foi criado para incentivar a mobilização dentro dos colégios e fomentar a participação de alunos, pais, educadores e da comunidade
Foto: Foto: JL Rosa

Escolas da rede municipal de Fortaleza que desenvolverem medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti receberão, a partir deste ano, o "Selo Escolas Amigas da Saúde", lançado ontem pela Secretaria Municipal de Educação (SME). A estratégia faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura de Fortaleza para o controle das arboviroses na Capital. Na área da Educação, além da entrega do certificado, serão formadas brigadas contra o vetor nas instituições de ensino e a inclusão da temática nos processos de capacitação de professores e gestores.

Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), datado de 20 de abril, a Capital já registrou, neste ano, 2.856 casos de dengue, 3.690 de chikungunya e 60 casos suspeitos de zika.

Segundo Lucidalva Bacelar, coordenadora da área de Gestão Escolar da SME, o selo foi criado para incentivar a mobilização dentro dos colégios e fomentar a participação não só dos alunos, mas também dos pais, educadores, gestores e da comunidade. Cada unidade deverá elaborar um plano com ações que serão executadas ao longo do ano dentro e no entorno da escola. Casas, comércios, igrejas e outros estabelecimentos da região também devem ser alvo do trabalho.

Impacto

"Para que a escola receba o selo, ela precisa atender a indicadores de impacto, que serão verificados através das informações oficiais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre a situação epidemiológica de cada local", explica Lucidalva Bacelar.

"Vamos ver como era antes do processo e ao fim dele. As escolas devem trabalhar no entorno da instituição, ou pelo menos na quadra onde está, fazendo visitas às casas, entregando panfletos, promovendo rodas de conversa", acrescenta. Conforme Lucidalva, haverá, ainda, uma avaliação estratégica das ações com base em portfólios que as unidades deverão entregar.

A coordenadora afirma que o selo será um credenciamento concedido pelo poder público às escolas que cumprirem seu papel social junto às comunidades. "É um certificado daquela escola ressaltando sua responsabilidade social. E este selo deve ser entregue de forma que fique afixado na escola e possa ser usado em seu portfólio", diz.

As escolas que quiserem participar do processo devem se inscrever até o dia 5 de maio. A expectativa é que os selos sejam entregues às instituições selecionadas em setembro.

Capacitação

Outra estratégia articulada pela SME para o combate do Aedes aegypti será a continuidade das brigadas contra o mosquito nas escolas e nos prédios do órgão. Criada no ano passado, a ação deve ser fortalecida nos próximos meses, com a formação de uma brigada em cada colégio do Município e nas demais instituições da rede. Ao mesmo tempo, professores e educadores das unidades passarão a receber, em suas capacitações, informações sobre arboviroses. "Também vamos incluir essa temática na jornada escolar, através do novo Mais Educação. Nas duas horas semanais no contra-turno, uma vai ser usada para trabalhar com arboviroses", destaca Lucidalva.

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Governo Federal lança programa em Brasília

Tendo como um dos focos o combate ao Aedes aegypti, também foi lançado ontem (25), desta vez em Brasília, o novo edital do Programa Saúde na Escola, do Governo Federal. A iniciativa visa ao repasse de recursos para a realização, nas escolas de todo o País, de ações dedicadas à melhoria da saúde dos estudantes. As medidas incluem, além da prevenção contra as doenças causadas pelo vetor, atualização do calendário vacinal dos alunos, incentivo à alimentação saudável e à prática de exercícios, cuidados com a saúde bucal, dentre outros.

No Ceará, todos os 184 municípios estão cadastrados na fase atual do programa. A nova adesão deverá ser feita a partir do dia 2 de maio até 14 de junho.

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