'Engorda' do Aterro da Praia de Iracema tem início em fevereiro

Trechos da praia ficarão interditados para banhistas durante as obras que vão ampliar a faixa de areia e favorecer construção de novos equipamentos urbanos. A intervenção é uma das várias previstas para a região em 2019

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Obras de total requalificação da Av. Beira-Mar e do entorno iniciaram-se neste ano e têm fim previsto para agosto de 2020

Para quem caminha pelo calçadão da Avenida Beira-Mar, as alterações em alguns pontos já são visíveis: o trecho entre o Mercado dos Peixes e o Parque Bisão virou canteiro de obras há três meses, cenário que deve ocupar outras partes da orla até agosto de 2020, quando deve ser finalizado o projeto de requalificação total. Uma delas é a área compreendida entre as vias João Cordeiro e Desembargador Moreira, passando pela Rui Barbosa, onde haverá ampliação da faixa de areia do Aterro da Praia de Iracema.

Com previsão de início estimada pelo prefeito Roberto Cláudio para fevereiro, a "engorda" do aterro já existente e a implantação do Novo Aterro - com extensão de 1,1 quilômetros (Km) entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira - ampliarão em 80 metros a largura da faixa de areia entre o calçadão e o mar. O investimento é da ordem de R$ 70,7 milhões.

"Em termos leigos, um barco no meio do mar suga a areia e joga na beira da praia, enlarguecendo o aterro. Aqueles dutos expostos voltarão a ser enterrados, nessa engorda. A intervenção na via e na calçada é mínima, não existe preocupação quanto a bloqueios. Já o acesso dos banhistas provavelmente vai ser liberado por trechos. Com as máquinas trabalhando, eles não vão poder tomar banho", esclarece a titular da Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), Manuela Nogueira.

Padrão

Apesar de ser obra paralela, como ressalta a secretária, a engorda do Aterro é só uma das diversas mudanças pelas quais a Praia de Iracema passará até 2020, com a reforma integral da orla e de áreas adjacentes que desembocam na região turística. A nova roupagem da Beira-Mar inclui também a demolição de todas as edificações na faixa de praia e padronização dos quiosques, alvos de ação do Ministério Público Federal contra a Prefeitura.

"Os quiosques, de alvenaria ou de palha, estão distribuídos desde o Mercado dos Peixes até o Espigão da Rui Barbosa. Um relatório da situação e do histórico deles está sendo finalizado, para que os novos espaços sejam cedidos", afirma Manuela.

Dos restaurantes fixos, apenas um apresentou documentos de posse, segundo a titular do Seinf. Os demais, até segunda ordem, não permanecerão na orla. Sobre possíveis imbróglios que atrasem as obras, descartou. "Tudo avançará normalmente, não tem como ter atraso por causa disso".

Intervenções

Outra medida a ser adotada dentro do Programa Fortaleza Cidade com Futuro é a padronização das calçadas ao longo das avenidas Dom Luiz, no entorno da Praça Portugal, e Desembargador Moreira, que dá acesso à Beira-Mar.

"Serão calçadas mais largas, com acessibilidade para formar um grande corredor turístico", descreve o prefeito. De acordo com a Seinf, as intervenções nos passeios devem ter início entre maio e junho do ano que vem.

Circundando essa região considerada nobre da cidade, estão localidades como Serviluz e Titanzinho, tão perto e tão longe da rota turística da quinta capital do País. A exclusão deve ser minimizada por equipamentos de habitação e segurança a serem implantados em 2019. "As famílias que ficam entre o Farol do Mucuripe e o Titanzinho, na primeira faixa de casas, todas sairão dali e irão para um conjunto habitacional, e será continuado o calçadão que já foi feito entre o pontão e a Praia do Futuro", descreve a titular da Seinf.

"Já temos obras de habitação em andamento na região, com previsão de entrega para o primeiro trimestre, que é o Alto da Paz, beneficiando a população do Serviluz. Lá dentro, haverá outras intervenções: uma Areninha, uma praça e uma creche, que devem ser iniciadas ainda em 2019", promete o prefeito Roberto Cláudio.

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