Egressos recebem certificado de formação

A oficina objetivou o desenvolvimento de projetos, incentivando que eles montassem o próprio negócio

Escrito por Redação ,
Legenda: No curso, foram lecionados módulos de Marketing para Empreendedores, Reeducação Financeira e Inteligência Emocional. A turma era composta por pessoas que cumprem pena nos regimes aberto ou semiaberto
Foto: Foto: Helene santos

Seja por falta de vontade ou, como é mais frequente, oportunidade, algumas pessoas que cumpriram pena em unidades prisionais voltam a delinquir. Tendo como propósito a reinserção destes no mercado de trabalho, 32 egressos foram certificados, na tarde desta sexta-feira (31), após terminarem um curso em que desenvolveram um plano de negócios a ser posto em prática depois do término da formação, que era voltada para o empreendedorismo. Ao final, foram premiados os 10 melhores esboços.

Os olhos dos participantes eram direcionados a cada colega de turma que se posicionava diante os demais para apresentar as propostas aos jurados. Alguns deles registravam o momento que significava muito para os que ali estavam. O nervosismo, que os deixavam com a voz embargada, não impedia o sorriso que, mesmo o dos mais tímidos, expressava o orgulho de se fazer presente naquela ocasião.

A maioria dos inscritos no curso Farol, resultado de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Enel Distribuição e ONG Visão Mundial, já tinha o empreendedorismo como um complemento da geração de renda familiar. Os três primeiros colocados receberam R$ 2 mil, R$ 1 mil e R$ 500, respectivamente. Já os que se classificaram entre sexto e décimo lugares, foram premiados com uma bolsa de iogurtes, para que lhes rendesse algum faturamento posterior.

Qualificação

Para a coordenadora de inclusão social do preso e do egresso da Sejus, Cristiane Gadelha, há muito preconceito das empresas em contratar pessoas que um dia cometeram crimes, analisando a importância da formação para que estes empreendam algo. "Baseados no que foi aprendido nas aulas, eles estarão aptos a abrir um pequeno negócio. Há uma lei que garante a reserva de vagas de trabalho para egressos, então, nós fazemos o encaminhamentos daqueles que desejam trabalhar formalmente".

Mantendo um vínculo afetuoso e recíproco com os até então aprendizes, o coordenador de projetos da ONG Visão Mundial, Marcelo Menezes, acredita que capacitar os egressos é uma forma de "lutar contra a maré do desemprego", bem como quebrar os paradigmas que existem contra eles. "Nós teremos encontros com os ganhadores para avaliar a aplicabilidade do prêmio". (Colaborou Itallo Rocha)

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