Diminui procura por álcool em gel

Escrito por Redação ,
A Secretaria da Saúde do Estado alerta a população para continuar se prevenindo contra as doenças respiratórias

Há três meses era impossível encontrar álcool em gel nas prateleiras das farmácias de Fortaleza. Isso acontecia por causa do medo que a gripe suína (H1N1) estava causando em toda a população. O álcool em gel era recomendado pelos médicos para que as pessoas limpassem as mãos, assim não teriam contato com o vírus. Hoje, os frascos com o produto estão sobrando nas prateleiras das farmácias, supermercados e até lojas de conveniência.

Raimundo Nonato, que trabalha em farmácias há 29 anos diz que nunca viu um produto vender tanto "Na época em que a H1N1 estava sempre na mídia a gente vendia, por dia, mais de 50 álcool em gel de bolso, frasco com 60ml. Tinha pessoas que levavam mais de dez. Mas hoje a saída é mínima".

Segundo Nonato, todas as vezes que uma nova doença aparece isso acontece. Pois o medo de ter a doença faz as pessoas correrem para se prevenir.

A farmacêutica, Adriana da Silva, também informou que há três ou quatro meses o estoque do álcool se esgotava rapidamente, muito diferente do que acontece hoje "Agora o produto fica dias na prateleira".

Ela disse que as pessoas vivem muito do momento. O medo acaba quando as informações deixam de ser veiculadas na imprensa. "Parece que as pessoas estão viciadas, todos precisam ter o remédio" disse.

Apesar do medo de contaminação do vírus da gripe suína ter arrefecido, o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca, alertou que a população não pode esquecer da prevenção. "Lavar as mãos é muito positivo para a saúde. Ao lavar as mãos, observou, a pessoa não está se prevenindo somente contra a gripe "Ao ter contato com vírus ou bactéria, pode pegar doenças de pele, conjuntivite".

No Ceará a gripe suína não persiste. Até o último dia 2, foram confirmados 70 casos. Manoel Fonseca disse que os casos suspeitos não estão sendo confirmados laboratorialmente. Para ele, a tendência é que até dezembro próximo não surja nenhum novo caso.

Mas a partir de fevereiro e março novos casos podem aparecer, já que é o período das doenças respiratórias.

O coordenador de Promoção e Proteção à Saúde chamou a atenção para as vacinas contra a Influenza A que serão distribuídas. Mas os primeiros a ter aceso serão as crianças com menos de dois anos de idade, grávidas, profissionais de saúde e pessoas que estão no grupo de risco.
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