Dia Mundial discute direitos e inclusão social dos autistas

Escrito por Redação ,
A data tem como objetivo discutir o autismo e reafirmar o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos direitos dessas pessoas Foto: JL ROsa

Cerca de 80 mil cearenses são autistas. Já em âmbito nacional, dois milhões de pessoas são acometidas. Ainda assim, os portadores sofrem com a discriminação e a falta de conhecimento da população sobre os seus direitos. Não é por acaso que hoje, 2 de abril, quando se comemora o Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo, o tema central da data terá "Sou autista, tenho direitos! Diga sim à inclusão!".

Segundo o presidente da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça), Alexandre Mapurunga, os estudos científicos mundiais mostram que 1% da população é autista. Contudo, esse segmento da sociedade enfrenta, muitas vezes, barreiras como discriminação na escola regular e dificuldades para receber atendimento em unidades de saúde. Mas a recusa na matrícula, explicou ele, em virtude da deficiência pode ser punida com prisão e multa, conforme estipula a Lei 7853/89.

O Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo, criado por decreto da Organização das Nações Unidas (ONU), objetiva que autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam o autismo e reafirmem o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos seus direitos fundamentais, tais como saúde, educação, lazer, liberdade, respeito pelo lar e pela família. Na data, a Abraça, entidade que congrega 12 organizações e milhares de autistas no País, convida a todos a vestir azul.

A programação em Fortaleza é intensa. Acontece nesta terça-feira, uma audiência pública na Câmara Municipal, às 14h30, sobre o tema central da programação deste ano. Já na próxima sexta-feira (5), será realizado um ato público, às 15h, na Praça do Ferreira. E uma nova Roda de Conversa encerra as atividades, no dia 10, às 15h, na Fundação Projeto Diferente, outra entidade referência no atendimento a autistas no Ceará. As atividades de mobilização visam democratizar as informações em torno dos direitos e na busca da conquista da cidadania plena.
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