Ceará registra a segunda morte por meningite neste ano

O caso ocorreu em Fortaleza nesta semana e não foi provocado pela doença meningocócica, o tipo mais grave da infecção. Segundo a Secretaria da Saúde, não é preciso preocupação, pois a doença se comporta conforme o esperado

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: A vacinação é importante para prevenir casos da doença, alertam especialistas
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

O Ceará registrou mais uma morte em decorrência de meningite nesta semana. O caso ocorreu em Fortaleza e é o segundo óbito pela doença no Estado neste ano. A informação consta no último boletim semanal de doenças de notificação compulsória da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). O perfil do paciente não foi informado pelo órgão.

Diferentemente do primeiro caso registrado no último dia 7, o óbito não foi resultado da doença meningocócica, a forma mais grave de infecção. Dessa vez, o registro da Sesa consta sob a classificação "outras meningites".

Sem preocupação

Conforme o último boletim, o Estado registrou 44 casos de meningite somente em 2019, sendo cinco deles por doença meningocócica e 39 por outras meningites. As duas mortes pela doença ocorreram na Capital. No ano passado, o Ceará teve 401 casos confirmados de meningite, o que representa uma taxa de incidência de 4,5 casos por cada grupo de 100 mil habitantes, com 37 mortes registradas.

"Não há motivo para preocupação, porque o número de casos de meningite no Estado está dentro do esperado e abaixo do notificado no mesmo período do ano passado. A doença está se comportando conforme o esperado", esclarece Sarah Mendes, supervisora do núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa sobre as duas mortes registradas pela doença na Capital.

Cuidados

Apesar do controle, Sarah Mendes orienta que a população deve continuar mantendo cuidados que são importantes para evitar a proliferação de doenças infectocontagiosas, entre as quais está a meningite. Segundo a supervisora da Vigilância Epidemiológica, as dicas são evitar aglomerações e ambientes sem circulação de ar, lavar as mãos e fazer uso de álcool gel.

Segundo a supervisora, os cuidados precisam ser redobrados para grupos mais suscetíveis a apresentar complicações em caso de infecção, a exemplo de crianças, idosos, pessoas com comorbidades e imunossupressoras.

A doença

O médico infectologista Anastácio Queiroz alerta que a meningite é uma doença grave e, quando provocada por bactéria, pode levar à morte. Ele diz que as famílias e os profissionais de saúde devem estar atentos aos sintomas para prevenir o avanço da doença. Os sinais são febre, vômito, intensa dor de cabeça, rigidez na nuca e manchas vermelhas na pele.

O especialista atenta para importância de manter as vacinas em dias, por prevenir os casos bacterianos da doença, os mais graves. "As crianças são as mais suscetíveis às infecções. Mas, se ela tomar as vacinas que estão disponíveis gratuitamente estará protegida pela maior parte das bactérias que causam a meningite", explica o médico.

As unidades básicas de saúde do Estado do Ceará oferecem gratuitamente imunização contra meningite. A vacina BCG, indicada para prevenir as formas graves de tuberculose, por exemplo, deve ser tomada após o nascimento. Além dela, a pentavalente previne, dentre outras doenças bacterianas, o tipo B.

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