Ceará deve ter mais 19 escolas de Tempo Integral em 2019

Somando as Escolas de Educação Profissionais, Estado contará com 35% de sua rede em tempo integral, de acordo com a Seduc. Estado espera Recursos da ordem de R$ 4,6 milhões do Ministério da Educação (MEC)

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Bianca Duarte, 16 anos, é aluna de uma escola de Ensino Médio parcial da rede pública de Fortaleza
Foto: Foto: Camila Lima

Ampliar a jornada com a promoção de um currículo integrado, oferecendo aos jovens novos espaços e oportunidades. Essa é a expectativa da estudante Bianca Duarte, 16, aluna de uma escola de Ensino Médio parcial de Fortaleza, mas que mantém a perspectiva de, um dia, fazer parte de uma unidade de tempo integral. Ao todo, mais 19 escolas de ensino regular no Ceará devem migrar para essa modalidade em 2019, segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc/CE).

Com isso, o Ceará passará a ter 35% de sua rede pública de ensino funcionando em tempo integral. Para essa transição, o Estado espera recursos da ordem de R$ 4,6 milhões do Ministério da Educação (MEC), valor que faz parte dos R$ 420,79 milhões anunciados pelo Governo Federal, em novembro passado, para a expansão e qualificação das unidades de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) em todo o País.

Repassada por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a verba é destinada às instituições públicas que fizeram adesões ao Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral nos anos de 2016 e 2017. As 19 unidades serão implantadas nos municípios de Itaitinga, Aquiraz, Trairi, Granja, Ipu, Sobral, Iracema, Quixeramobim, Crateús, Senador Pompeu, Farias Brito e Fortaleza.

Para Bianca, matriculada na Escola de Ensino Médio Almirante Tamandaré, em Messejana, essa esperança chegou a ser real. Uma reforma iniciada na unidade trazia a informação da migração para o modelo integral, mas a Seduc/CE informou, ontem, que a escola não está na lista atual e, por enquanto, não há previsão para essa mudança acontecer.

A maior expectativa da jovem, segundo conta, é a de uma mudança social promovida por meio de um currículo diferenciado. "Eu gostaria muito de ter mais debate, mais aulas práticas, dinâmicas e algo voltado para a arte. Moramos em um bairro pobre e muitos estudantes são carentes desse tipo de ensino. Acho que isso ajudaria muito a eles", comenta.

Programa

Conforme regra, a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) oferta uma jornada de nove horas. O programa deve ser composto por 30 horas semanais de disciplinas de base comum a todos e 15 horas na parte flexível, entre elas, dez escolhidas pelos próprios alunos.

Atualmente, de acordo com a Seduc, a rede estadual conta com 111 EEMTIs distribuídas em 44 municípios, o que beneficia mais de 26 mil alunos. Somadas às 119 Escolas Estaduais de Educação Profissional - que ofertam, ao mesmo tempo, Ensino Médio e cursos técnicos - o Estado tem 230 unidades funcionando em Tempo Integral.

Ainda segundo a Secretaria da Educação, os municípios mais populosos concentram a maior parte das EEMTIs, distribuídas em áreas consideradas vulneráveis.

O projeto piloto para implantação do tempo integral no Ceará teve início em 2016, com 26 escolas estaduais de ensino regular. Em 2017, mais 45 unidades passaram a ofertar a jornada prolongada, segundo a Seduc/CE. Já este ano, outras 40 unidades foram contempladas.

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