Ceará conta com especialistas em estomaterapia há 20 anos

Profissionais debatem avanços na área durante simpósio em Fortaleza

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Evento celebra duas décadas da criação da especialidade e discute avanços no tratamento de pacientes.
Foto: Foto: ISANELLE NASCIMENTO 

Um estoma é uma abertura, como uma boca, feita cirurgicamente em algumas partes do corpo, como tubo digestivo, aparelho respiratório ou urinário, para manter uma comunicação com o meio externo. Cerca de 2.900 pacientes de Fortaleza e do Interior acessam serviços do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada no Centro de Saúde Meireles, segundo a Associação Brasileira de Estomaterapia (Sobest).

Para evitar complicações com os estomas, um profissional específico é demandado: o enfermeiro estomaterapeuta, cuja formação ocorre no Ceará há 20 anos. O Estado foi pioneiro no Nordeste na criação da especialidade.

O curso de especialização foi idealizado pela professora Maria Euridéa de Castro em novembro de 1997, durante sua viagem de retorno de Pamplona, na Espanha. "Já vim com o projeto pronto", lembra. Em 9 de março de 1999, o curso foi instalado, oficialmente, na Universidade Estadual do Ceará (Uece). Em duas décadas, já foram formados 156 estomaterapeutas; em breve, mais profissionais devem receber o diploma, já que a nona turma está em andamento.

Aumento de casos

A relevância do assunto acompanha o aumento no número de casos, que exigem atenção e cuidados característicos, de acordo com a presidente da Secção Fortaleza da Sobest, Luciana Catunda. "Temos uma população cada vez mais idosa, e doenças como o câncer e o pé diabético estão aumentando. Há ainda mudanças do hábito intestinal", considera.

Os serviços especializados dão recomendações sobre lavagem, secagem e hidratação do estoma, que tem o formato de uma flor vermelha, mas é indolor. A tecnologia avança e já existem bolsas que bloqueiam sons e maus odores.

Evento

Até sábado (8), a Sobest promove o V Simpósio Nordeste de Estomaterapia, em Fortaleza. O encontro, que reúne participantes de 21 estados brasileiros, dá destaque à produção científica da região Nordeste, com foco em tratamentos e empreendedorismo.

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