Casa de Vovó Dedé realiza espetáculo musical e inaugura espaços

'Sons do Nordeste' apresenta trabalho musical realizado na Instituição. O novo espaço construído para a Biblioteca Igor Queiroz Barroso, uma TV e duas salas de informática incrementam repertório da Casa

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Espetáculo musical fez um passeio por diversos ritmos nordestinos, do tradicional ao contemporâneo
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

Música, literatura, idiomas, design e comunicação para mudar a vida de jovens. O trabalho educacional e cultural da Casa de Vovó Dedé, iniciado em 1993, com Mansueto Barbosa, foi demonstrado na segunda edição do espetáculo 'Sons do Nordeste', ontem. Diretores, professores e alunos da instituição, além da comunidade e admiradores da arte, lotaram o evento e aplaudiram o talento despertado pelo projeto.

O encontro também marcou três inaugurações: o novo espaço da Biblioteca Igor Queiroz Barroso, que leva o nome do diretor institucional do Grupo Edson Queiroz e presidente do Instituto Myra Eliane e foi instalada em 2016; a televisão da Casa de Vovó Dedé, a TVDD; e as duas novas salas de informática.

Igor Queiroz Barroso se emocionou por fazer parte da história da Casa e ressaltou o valor da biblioteca: "Eu me sinto lisonjeado por isso. Sempre tenho plantado a semente do bem e, de repente, essa árvore que é a Casa de Vovó Dedé resolveu dar esse fruto com meu nome. Acredito que nada melhor do que o conhecimento para tirar o homem da miséria", reiterou.

A instituição sem fins lucrativos, localizada na Barra do Ceará, em Fortaleza, atende cerca de 1,4 mil pessoas, de 6 a 29 anos. O diretor da instituição, Wagner Barbosa, afirma que o objetivo do projeto, criado pelo seu pai, é formar cidadãos: "A ideia da Casa é realmente atender a esses jovens que, porventura, não têm condições de adquirir esse conhecimento. A gente disponibiliza de forma gratuita, tirando-os da rua e formando-os com uma profissão digna, para que eles sejam cidadãos de bem".

Um desses alunos é Yamandú Capalbo, 12, que começou estudando inglês na Casa e depois migrou para as aulas de piano e violão. "Eu não tinha embasamento do que é a música, o que ela faz, como ela transforma. Quando cheguei aqui, tive essa experiência e vi que é o que eu realmente quero para o meu futuro, para a minha vida", revela.

Espetáculo

'Sons do Nordeste' fez um passeio por diversos ritmos nordestinos. O espetáculo foi aberto com uma canção no estilo martelo-agalopado (utilizado por cordelistas), composta pelo diretor artístico da Casa, Ewelter Rocha; depois, vieram mais oito músicas, entre elas "Súplica Cearense", de Gordurinha e gravada por O Rappa; "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues; e "Anunciação", de Alceu Valença.

"É um show que celebra a riqueza da música nordestina, que faz uma mesclagem entre uma vertente mais contemporânea e uma outra mais tradicional, que integra um processo de consolidação do Núcleo de Música Brasileira da Casa de Vovó Dedé, que reúne alunos, professores e convidados e também tem um trabalho de formação de plateia", define Ewelter.

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