Zé Ricardo muda formação tática para ter Fortaleza mais ativo

Zé Baixa ofensividade e meio-campo pouco ocupado motivaram mudança

Legenda: Zé Ricardo tem que acertar esquema tático e precisará testar nova formação
Foto: FOTO: KID JUNIOR

O Fortaleza deve ensaiar uma nova formação contra o Bahia, amanhã, às 16 horas, na Arena Fonte Nova. Acostumado a atuar com quatro atacantes, padrão tático em que fez 11 jogos na Série A do Brasileiro, a equipe mudou a postura sob o comando de Zé Ricardo, priorizou uma postura mais reativa e está prestes a alterar o esquema do 4-3-3 para o 4-4-2.

A mexida ocorre por dois fatores principais: baixo aproveitamento ofensivo e maior ocupação do meio-campo. Utilizando dois meias no plantel titular, a expectativa é propiciar uma armação mais qualificada, além de suporte para frear o ímpeto rival com duas linhas de marcação definidas.

O trunfo em questão para o fortalecimento ofensivo e defensivo é o meia Marlon. Com Matheus Vargas aguardando regularização no BID e Mariano Vázquez oscilando, Zé Ricardo deve apostar no ex-Sampaio Corrêa na criação.

A aposta veio dos quatro gols que o meia fez durante um coletivo nesta semana. Utilizado por Ceni no 4-2-4, pelo lado direito, a função será exercida no mesmo espaço, mas com a responsabilidade de acompanhar o avanço dos laterais.

O curioso é que Marlon participou só de nove partidas no Brasileirão, uma com Zé Ricardo, totalizando 203 minutos em campo. Os seus números chegam a ser inferiores aos de Vázquez, que fez 209 em quatro exibições - ambos ainda não marcaram gols na Série A.

Desvantagens

O que pesa contra o sistema ensaiado é a retirada de um velocista na composição, o que atrapalha a transição entre ataque e defesa. Até então, em três dos quatro jogos com Zé Ricardo (Santos, Goiás e Fluminense), o Leão usou um centroavante e quatro atacantes.

Apostando nas bolas esticadas e na marcação a partir do círculo central, a proposta traçada era ter um time mais espaçado, concentrado nas peças pelos lados. O resultado foi um time que finalizou mais que todos os adversários e criou 61 chances.

O problema foi o volume excessivo ter sido convertido em apenas cinco gols, uma média de 15,65 arremates para balançar as redes uma vez. O índice é quase o dobro do que o time produziu para fazer um gol na competição: 9,71 chutes.

Com 21 gols, o Fortaleza é o 8º melhor da elite nacional - empatado com Bahia, Ceará e Corinthians. Em 13º, com 21 pontos, o Leão não entra no Z-4 em caso de revés.