Zé Ricardo completa 30 dias no Fortaleza com baixo aproveitamento

Em início de trabalho,treinador tem enfrentado dificuldades para implementar novo modelo de jogo. Com uma vitória em quatro jogos, aproveitamento cai, mas chegada de reforços pode ser alento para evolução

Legenda: Zé Ricardo tem 33,3% de aproveitamento no seu primeiro mês de clube
Foto: Kid Junior

Após a saída do técnico Rogério Ceni, em 11 de agosto, a diretoria do Fortaleza teve que decidir rapidamente qual nome seria o substituto do treinador que é considerado o mais vitorioso da história do clube. Zé Ricardo foi o primeiro contactado e a negociação não demorou: 24 horas depois, em 12 de agosto, ele já era anunciado como o comandante leonino para o restante da temporada. Hoje, um mês após o anúncio, o carioca de 48 anos tem a missão de conseguir consolidar modelo de jogo e melhorar o aproveitamento para manter o time na Série A.

Zé Ricardo tem quatro jogos, com duas derrotas, uma vitória e um empate. A campanha, apesar de curta, já mostra oscilação, com alternância entre bons e maus momentos. Se foi capaz de buscar empate histórico em 3 a 3 contra o Santos, em plena Vila Belmiro, após estar perdendo por 3 a 0, o Leão do Pici também foi derrotado em casa para Internacional e Fluminense.

Este último, um confronto direto contra um adversário que está no Z-4 e é forte candidato ao descenso, o que já rendeu as primeiras críticas da torcida. O desempenho de Zé Ricardo é de 33,3% dos pontos disputados, o que fez o percentual de aproveitamento geral do Leão na competição cair de 40,5% para 38,9%.

O único triunfo foi sobre o Goiás, por 2 a 0, em jogo que o Leão do Pici de fato jogou bem, mas atuou a maior parte com um atleta a mais, já que o time esmeraldino teve jogador expulso aos 36 minutos do 1º tempo. As atuações abaixo do esperado são reflexos do período de adaptação que o elenco ainda passa para entender as ideias do novo comandante.

Modelo de jogo

Logo que chegou, o treinador trocou o modelo de jogo utilizado em toda a temporada, com quatro atacantes, para o atual 4-3-3, que na maioria das vezes conta com três volantes. Os próprios atletas entendem que é preciso tempo para que a nova proposta seja assimilada. “Estamos absorvendo tudo que estamos recebendo do Zé Ricardo.

Essas coisas demoram até entrar no ponto ideal”, disse Juninho.

A clara mudança de estilo ofensivo por uma proposta mais sólida, porém, não tem melhorado o desempenho defensivo. Na “Era Zé Ricardo”, a defesa leonina foi vazada cinco vezes, com média de 1,25 gol sofrido por jogo e que fez o Leão passar a ser o detentor da 5ª pior defesa da Série A.

Apesar de ter a mesma quantidade de gols marcados neste período, o desempenho ofensivo também é preocupante. Contra o Fluminense, foram 18 finalizações, com seis grandes chances e nenhuma bola na rede.

O caminho para a evolução após um mês de trabalho pode passar pelos novos contratados. Com ele no comando, o Fortaleza já anunciou os zagueiros Adalberto e Jackson, e o meia Matheus Vargas.