Desde que surgiu, o local de treinos do Fortaleza, o Alcides Santos, ganhou status de estádio, ponto de encontro dos tricolores, Parque dos Campeonatos, e outras denominações que serviram apenas para mostrar o espaço geográfico mais amado pelos torcedores do clube.
Em tempos passados, suas arquibancadas ficavam cheias de torcedores acompanhando os treinos e os jogos. Pois bem, esse xodó da torcida vai ter um novo conceito, não na fachada, que é novíssima, mas internamente. Ele deixará de ser estádio para virar um Centro de Excelência do clube, um local com uma ótima estrutura para treinamento e concentração.
Esse é o projeto da atual diretoria, que atende a uma sugestão do técnico Rogério Ceni. Quer ele permaneça ou não, o Leão vai tocar as obras para aparelhar e modernizar o local. Alguns setores das arquibancada vão ser retirados. E jogos oficiais no local, o torcedor já pode esquecer, caso se realizem todas as etapas do projeto apontado por Ceni.
Desde quando conquistou o título de campeão brasileiro da Série B, que Rogério vem se reunindo com o presidente Marcelo Paz, com seus dirigentes e com engenheiros. Entre eles, Carlos Rolim Filho, segundo vice-presidente do clube, e Daniel Levi, jovem engenheiro da comissão de obras do Centenário do Leão. E também com o arquiteto responsável pelo novo projeto do Pici, Darcy Pessoa.
Treinamento
O presidente Marcelo Paz explicou a ideia do novo projeto e as conversas com Rogério Ceni. "Ele sugeriu algumas melhorias. O Rogério acha que temos que transformar o Pici em local de treinamento para os jogadores, qualificar mais o gramado, alojamento, academia. Aqui vai ser um ambiente de treinamento. Vamos alternar com o CT Ribamar Bezerra (em Maracanaú). O pessoal tem que entender que o Pici não será mais estádio de futebol, porque não tem estrutura para isso. Ainda mais que têm quase 30 mil sócios", explicou Marcelo Paz.
Modelos
Paz disse ainda que o projeto se baseia nos Centros de Excelência de Grêmio e Palmeiras. O Leão vai sempre alternar os locais de treinamento com o CT em Maracanaú.
Porém, o Pici terá uma estrutura maior de treinamento, tratamento e repouso dos atletas, com equipamentos modernos e hotel próprio, com um restaurante para 120 pessoas.