Vitória marrenta

Fortaleza vence Brasil, em Pelotas, com golaço de Ligger, e abre 11 pontos para o quinto colocado da Série B

O jogo não foi um primor de técnica, com muitas faltas, chutões, passes errados, muita bola aérea, mas o Fortaleza foi eficiente diante do Brasil/RS, no Estádio Bento Freitas, derrotando o adversário, por 1 a 0, ontem à noite, pela 30ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

O triunfo do Tricolor aproximou mais ainda o time do grande sonho do acesso à Série A do Brasileiro, pois o Leão abriu seis pontos de Goiás e CSA, os dois que estão logo atrás dele na classificação e se distanciou também do quinto colocado.

O Leão do Pici vinha de quatro derrotas fora de casa e encerrou esse jejum. No próximo compromisso, o time orientado pelo técnico Rogério Ceni enfrentará o Oeste, dia 13, às 16h30 na Arena Barueri/SP.

Estratégia

O técnico Rogério Ceni optou por uma estratégia mais cautelosa, entrando com Derley como primeiro volante e Nenê Bonilha como o segundo e com o meia Marlon fazendo o vai-e-vem na recomposição. Ao mesmo tempo se aproximando dos atacantes Gustavo e Marcinho. A defesa tricolor se mostrava bastante compacta, com os zagueiros ganhando praticamente todos os lances e anulando um dos principais trunfos da equipe gaúcha, que é o jogo aéreo. Nos lances sobre a área, Diego Jussani e Ligger foram quase imbatíveis e o goleiro Max Walef mostrou novamente muita personalidade. Exceção de um cruzamento na área em que ele não alcançou e o atacante Michel cabeceou para fora, nas demais, ele saiu com firmeza, sempre praticando a defesa ou esmurrando a bola para longe de sua área.

Dos lados do Xavante, o técnico Rogério Zimmermann posicionou o atacante Wellington Júnior bem aberto pela direita, no sentido de impedir os avanços do lateral-esquerdo Bruno Melo. E não só isso, quando o time gaúcho tinha a posse de bola, ele era sempre acionado para avançar pela pontas e fazer os cruzamentos nas costas de Bruno. Wellington recebia o apoio do lateral Éder Sciola, sempre eficiente no apoio. Para dobrar a marcação, Dodô procurava colaborar com Bruno Melo, mas nem sempre impedia os cruzamentos para a área.

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Primeira chance

Antes que o jogo se tornasse um espetáculo de passes errados de lado a lado, foi do Fortaleza a primeira chance real de gol, a quando nem sequer o cronômetro marcava um minuto. O atacante Marcinho recebeu lançamento pela esquerda, invadiu a área e chutou cruzado, rasteiro, mas o goleiro Macelo Pitol segurou com firmeza.

Como tem acontecido nos últimos jogos do Fortaleza, o jogo não se apresentou muito favorável para o estilo de jogo do artilheiro Gustavo. Poucas bolas foram em sua direção, na hora em que ele estava bem posicionado para finalizar. A rigor, ele só recebeu um passe na área, no primeiro tempo, quando Dodô cruzou rasteiro e o atacante tocou de perna esquerda para fora.

Em cabeçada de Diego Jussani e outra finalização do meia Dodô, o Fortaleza levou perigo ao gol de Marcelo Pitol. Porém, o primeiro tempo terminou com o placar inalterado. O Brasil teve oportunidades para marcar com Leandro Camilo, de cabeça, que bateu na rede por fora e com Alex Ruan, que Ligger salvou, mandando para escanteio.

Segundo tempo

O jogo continuou muito disputado no segundo tempo, com muita marcação e lances pelo alto. Até que aos 29 minutos, se estava difícil para os atacantes, o zagueiro Ligger foi à frente da intermediária, mandou uma bomba, no ângulo superior esquerdo da meta do Xavante e marcou um belo gol no Bento Freitas. O gol coroou todo o trabalho até então realizado pelo Tricolor, que teve maior posse de bola e manteve o controle do jogo até o final.