Vitória contra o Paraguai pode tirar a pressão da Argentina de Messi

Geração que tem o craque do Barcelona como líder viveu sequência de fracassos que foram relembrados com derrota na estreia da Copa América para a Colômbia. Por isso, não só pela classificação, triunfo hoje é importante

Legenda: Messi não teve títulos pela seleção argentina até agora
Foto: Luis Acosta/AFP

Não é falha de geração, não é falta de qualidade, o índice baixo que persegue a Argentina é de organização. Há dúvidas que tecnicamente poderia estar entre as melhores do mundo? Fatos internos são âncora para os resultados recentes. Nos últimos cinco anos, cinco treinadores. A pressão é maior nos ombros do melhor jogador do mundo, Lionel Messi. Carrega a principal marca negativa de uma geração sem títulos, com exceção da Olimpíada. Hoje, o jogo contra o Paraguai, às 21h30, no Mineirão, não é apenas pela recuperação no torneio, é o respeito pela tradição, pela dimensão que a geração argentina representa, na Europa, não no país.

O último título da equipe principal foi na Copa América de 1993 e a coleção de insucessos assusta. Acumula vices. Há quem diga: "O segundo colocado é o primeiro dos últimos". O torcedor brasileiro tem essa dimensão de não conquistar títulos em Copa do Mundo ou Copa América, a frase vale para seleções vencedoras, com poder técnico em mãos, mas nem sempre com poder do desempenho.

A estreia com derrota para a emergente força colombiana revela algumas sinas: apatia e fragilidade defensiva. Após sofrer o primeiro gol, a Argentina, melhor no jogo, com oportunidades, abateu-se, perdeu a produtividade. A referência de Messi se tornou apática em campo, o 'fantasma' do desempenho e do resultado emerge com força nesses momentos mais críticos e turbulentos.

O que uma vitória representa hoje? A busca pela identidade, desempenho, crescimento na retomada da tradição. Jogadores com capacidade e perspectiva de desequilíbrio precisam ser mais responsáveis pela recuperação.

Messi, Aguero, Dí Maria, jogadores com grande sucesso europeu precisam ser mais vestindo a camisa da Seleção. Jovens surgindo em uma nova geração promissora, Lautaro Martinez, Guido Rodriguez, Dybala, De Paul.

Este é o momento para renascer, fugir da enorme pressão, dar continuidade ao valor técnico e de raça que identifica tão bem os argentinos. Só os resultados podem inverter a pressão e mostrar ao torcedor que a resposta está nesta geração, mesmo com acúmulo de insucessos.

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