Tropeços inesperados na reta final

Tom Barros

A instabilidade pegou de vez nestas últimas rodadas da Série A nacional. O Santos foi derrotado pela Chapecoense. O Santos foi derrotado pelo América-MG. O Santos, sem santos. Aí a Chape perde para o Botafogo e perde para o Grêmio, neutralizando o bom resultado obtido na Pacaembu. Há uma interminável e generalizada oscilação, fato que tem atingido todos os clubes da zona maldita. Por isso mesmo torna-se extremamente difícil apontar quem é quem no atual momento. Não há entre os que lutam contra o rebaixamento elevada diferença de qualidade. Todos estão mais ou menos no mesmo patamar. Seria loucura abrir uma lista com prováveis classificados. Pelos resultados das rodadas mais recentes certamente a definição de quem sobe e quem desce só será resolvida na última rodada. Sim, aquela em que todos os artifícios e manhas são usados para tirar algum proveito. O mais comum é atrasar o início dos jogos, fato que considero tremenda bobagem. Ora, o time tem o ano inteiro para se organizar e não o faz. Aí, na última rodada, tenta ficar na elite, usando o baixo expediente do atraso no início do jogo. Não há como aceitar isso.

Empate injusto

O Ceará foi melhor que o Fluminense ontem no Maracanã. Apesar de uma escalação surpresa com Ricardo Bueno e Felipe Azevedo logo de início, o time fez uma primeira fase consistente na marcação e até criou situações de gol em finalizações de Juninho, que obrigou Júlio César a fazer milagre, e Samuel Xavier, em chute que raspou a trave.

Segundo tempo

Houve nítido predomínio alvinegro, máxime pelo envolvimento no toque de bola. Nesta parte, Arthur entrou e passou a criar embaraços para a defesa carioca. Quando o Vozão estava melhor no jogo, Juninho disparou um míssil em cobrança de falta. A bola passou rente. Teimosamente não entrou. Mas quase. Fluminense sob vaias no Maracanã.

Um pontinho só

O Ceará não venceu, mas merecia vencer. Na fase final envolveu o Fluminense, mas lhe faltou o principal: o gol. De qualquer forma, um pontinho consolador. Traz agora toda a responsabilidade do mundo para o jogo com o Paraná. Mas, desta feita, fica a imagem otimista de um time que, diferente dos jogos com Sport e Bahia, agora voltou a jogar bem.

PÍLULAS

O senador eleito, luís Eduardo Girão, é contra a liberação de bebida alcoólica nos estádios. Ele cita que na Inglaterra, Itália e Argentina a proibição já existe. Também lembra que na Liga da Europa, Eurocopa e Liga dos Campeões a venda de bebida alcoólica nos estádios está vetada. Girão entende que o álcool nos estádios é risco maior de violência.

NO entorno dos

Estádios, a proibição me parece mais difícil de ser controlada. No PV, as barracas de venda de bebida alcoólica nas ruas próximas ao estádio começam a ser montadas muitas horas antes do início dos jogos. Os torcedores demoram a entrar no estádio. Aí, quando resolvem, vão em bloco. Caso também a examinar.


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