Tricolor espera que Madson seja o homem de armação de jogadas

Meio-campista, que chegou cercado de ótimas referências pelo seu currículo, precisa entrar em forma rapidamente, pois o comandante Rogério Ceni deseja vê-lo em campo, de preferência no jogo contra o CSA, pela Copa do Nordeste

Aos poucos, o elenco do Fortaleza vai se formando. Entretanto, o técnico Rogério Ceni já sabe que uma de suas preocupações é encontrar um meia-armador que faça o papel que Dodô - devolvido ao Atlético/MG - fez em 2018. Dodô era o homem de organização da meia-cancha, o atleta da chamada bola parada, e participava das principais ações ofensivas do time.

Com a sua devolução ao clube de origem, o Leão do Pici se ressente de um atleta com essas características e trabalha em duas frentes: na primeira, avalia o mercado para ver quais os meias disponíveis e que estejam dentro da faixa salarial do clube. Na outra frente, olha para o seu próprio elenco, onde a solução pode estar em casa: o meia Madson, de 32 anos.

O jogador, que já passou por Volta Redonda, Vasco, Duque de Caxias, América/RN, Santos, Athletico/PR e Al-Khor, do Catar, precisa entrar em forma o mais rápido possível para colaborar com o restante do time.

Escassez

Rogério Ceni já sabe, desde o início da pré-temporada, que seu time não tem um camisa 10 como ele gosta: "Não temos ainda aquele grande 10 e talvez o Madson possa exercer essa função, mas ele está muito fora de forma. Espero que consigamos colocá-lo o mais breve possível", almeja Rogério Ceni.

O técnico já pensou em outra solução, enquanto não chega um camisa 10 clássico ou até mesmo Madson não entre no ritmo dos demais: seria utilizar um dos segundos-volantes que ele possui no elenco e que têm a característica de sair jogando: Felipe, Paulo Roberto, Gabriel Dias, Santiago Romero e Marlon. "Possivelmente, se não encontrarmos um meia em breve e se o Madson não estiver em condições em breve, poderemos usar um tripé com esses jogadores citados. Eles não são 10 de origem, mas são bons atletas que poderão cumprir a função", avaliou o treinador do Leão.

O Fortaleza tem seis volantes (Felipe, Paulo Roberto, Derley, Sérgio, Santiago Romero e Gabriel Dias) e apenas dois meio-campistas (Madson e Marlon). Derley já vem disputando uma posição na zaga, devido à carência no setor e também para descongestionar o setor de volantes.

Necessidade

Rogério Ceni falou que vai tentar desenvolver um meio-campista dentro do grupo, devido às dificuldades para se encontrar um especialista dessa posição: "Se a gente não desenvolver um camisa 10, dentro do que temos de sistema, vamos ter de alterar a forma da equipe jogar. Um camisa 10 é caro e, muitas vezes, você tem dinheiro até para pagar um salário razoável, mas não tem o poder de compra".

O Leão joga dia 27, contra CSA, às 17 horas, no Castelão.