Tom Barros: rotatividade na hora da definição da Copa

Legenda: Fortaleza tem feito bom rodízio entre seus jogadores
Foto: JL Rosa

O Fortaleza já é campeão cearense. Agora quer alargar a área de sua consagração. Ampliar os limites de sua predominância nos campos de futebol, tornando-se o melhor do Nordeste. Para alcançar tal objetivo, a estratégia da rotatividade terá de ser pensada e repensada com muito critério pelo técnico Rogério Ceni. Decidir título difere demais dos jogos comuns do correr dos campeonatos. Há jogadores que têm força mental para encarar com tranquilidade os graves momentos de definição. Há outros que tremem. Nessa hora, os mais calejados e experientes assumem papel preponderante. A teoria da rotatividade é salutar na medida em que duas ou três formações são preparadas para encarar diversificadas e simultâneas competições. Mas muito mais importante que isso é saber aglutinar, quando necessário, o que há de melhor em cada uma delas. O título da Copa do Nordeste será o corolário das ações agora aperfeiçoadas pelo técnico Rogério Ceni. A vitória de virada em Chapecó elevou o moral do grupo, pois é público e notório que as grandes equipes nacionais sofrem quando atuam na Arena Condá. O Fortaleza foi lá e venceu. E convenceu.

Pedir passagem

Que resposta positiva e imediata Thiago Galhardo tem dado na meia-cancha do Ceará. Não sei como o Vasco, com a pífia produção que está, não lutou para manter na equipe um jogador de tanta qualidade. Galhardo caiu como uma luva no esquema do Vozão. Ruim para o Vasco; ótimo para o Ceará. Galhardo chegou. Pediu passagem e se estabeleceu.

Na dele

Ricardinho, apesar da incompreensão dos que o consideram sem fôlego na Série A, tem sido importante em momentos fundamentais. Qualidade ele tem. Se não suporta a intensidade forte durante noventa minutos, pode mantê-la por tempo suficiente para cravar sua contribuição. O gol que marcou no Grêmio e sua participação no conjunto fizeram a diferença.

Treinador

Cabe a Enderson Moreira saber utilizar Ricardinho e outros atletas, de acordo com as condições físicas de cada um. Comete grave erro de avaliação quem procura reduzir Ricardinho à insignificância. Ele tem valor, sim, máxime quando adequado ao que de melhor pode produzir e oferecer.

O Palmeiras segue líder da Série A nacional. Luis Felipe Scolari deu um baile no técnico Sampaoli, o tal defensor do rodízio de atletas, ou seja, entra o grupo que está descansado. Deu no que deu. No futebol há os inventores que se apegam cegamente às suas invenções, mesmo que o clube saia prejudicado. Cada um com sua loucura...

Alguns resultados mostram como ainda são oscilantes as avaliações. O Santos vinha dando show de bola. Tomou goleada do Palmeiras (4 x 0). O Fluminense estava vacilante. Aí aplicou uma goleada no Cruzeiro (4 x 1). Flamengo e Corinthians, os dois maiores clubes do Brasil, apenas ocupam a faixa intermediária.