Tom Barros: passado e presente no Centenário Tricolor

Mínimos detalhes. Não pode faltar nada. Cuidado com omissões, máxime aqueles traiçoeiros lapsos de memória que deixam fora quem deveria estar dentro. É assim o ritual das grandes festas. Assim os preparativos para os cem anos do Fortaleza. Os convocados são todos, uns em vida, outros em saudade. Os tricolores do presente e do passado, de ontem e de hoje. Os que já partiram e os que chegam. Busco lembranças nos antigos. Os irmãos Moésio e Mozart. Goleiro Aloísio II, o Verdureiro, primeiro goleiro tricolor que na década de 1950 recordo ter visto em ação. Depois vi o Pedro Simões, vice da Taça Brasil de 1960. O lateral-direito Zé Mário, meu vizinho na Gentilândia, campeão cearense em 1959. Mesquita, também lateral-direito, um canhão. Renato que depois foi câmera do Canal 10. O meia Joãozinho, do gol do título cearense de 1969. Benedito. Bececê, outro canhão. Zé Raimundo. Birungueta. Os goleiros Pinto, Rominho, Mário César, Maizena, Jefferson. O artilheiro e ídolo Croinha. Geraldino Saravá. Clodoaldo, baixinho bom de bola. Facó. Saudoso Luisinho das Arábias. Recorro à lembrança dos leitores. Mandem-me nomes. Na medida do possível os publicarei.

Chances para o espaço

O Ceará teve a vitória na mão. Trabalhou em cima, Envolvente com Xavier, Jonatan, Quixadá e Calyson. Criou três claras oportunidades de gol. Na primeira Felipe Azevedo chutou fraco. Na segunda, Juninho Quixadá demorou a chutar. Na terceira Arthur perdeu o pênalti. O Botafogo não criou nada. Segurou o empate como pretendia.

Ceará seguiu melhor

No segundo tempo o Botafogo equilibrou no inicio, mas logo o Ceará retomou o controle da situação. As entradas de Ricardinho, Ricardo Bueno e Ken mantiveram a pressão do Ceará, mas as chances seguiram desperdiçadas em sequência. Em nenhum momento o Botafogo representou ameaça. Luís Fernando e Kieza longe do esperado. Empate injusto.

Frustração

Mais uma vez o sentimento de frustração do Ceará. Poderia ter saído da zona, subindo três posições. Mas desta vez, por ironia do destino, a perda do pênalti aconteceu na cobrança do ídolo, Arthur. O futebol tem dessas coisas. Pior é que o resultado gerou a obrigação de buscar lá fora os dois pontos que deixou de ganhar aqui dentro. Arthur sentiu a perda.

Curtas

Tapetão define adversário

Hoje o julgamento do caso Iguatu, que teria utilizado de forma irregular o atleta Berg. Se procedente, Pacajus será o adversário do Caucaia. Se improcedente, seguirá como antes: Ferrão x Horizonte e Iguatu x Caucaia. Mas a paralisação foi muito prejudicial.

Separar política e futebol

Nestes tempos de exacerbação, onde se observa a intolerância tomando conta da política, com ódios e rancores nas redes sociais, melhor mesmo é separar política e futebol. As paixões nesses dois segmentos são perigosas porque cegam e, não raro, também matam. Deus, meu!


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