Tom Barros: os olheiros também cochilam e vacilam

Legenda: Edson Cariús (no centro) é o destaque do Ferroviário
Foto: Thiago Gadelha

Ele veio do interior, de uma cidade pequena e agradável: Cariús. Em homenagem ao lugar onde nasceu, José Edson Barros da Silva adotou Edson Cariús como nome de guerra. Diante do Globo, ele saiu do banco para marcar o gol da vitória do Ferroviário. E aí está ele guerreando pelos campos de futebol, em busca de novos espaços. Desde 2012, no modesto Iguatu, já demonstrava habilidades Série A. Faltou um olheiro antes. Imperdoável falha dos olheiros que não o viram ou deixaram-se levar pelo preconceito de não acreditar no potencial de um atleta que atuava em times do interior do Ceará como Iguatu, Barbalha, Quixadá e Alto Santo. Só quando o Ferroviário apostou nele, Cariús solidificou os espaços. Contra o famoso Corinthians paulista, pela Copa do Brasil, provou que não teme nem treme. Deixou sua marca nas redes corintianas. No festival de gols perdidos pelos atacantes do Ceará e do Fortaleza, logo Cariús é lembrado. Edson está com 30 anos. Sabe de seu valor. Permanece na expectativa de uma oportunidade em centros maiores. É a esperança. Nada, porém, reduz um pouco nem sequer o sentimento de amor pelo seu torrão natal: a querida Cariús.

Artilheiro

Amanhã, o Fortaleza enfrenta o Botafogo-PB, primeira partida da série final da Copa do Nordeste. O atacante tricolor, Junior Santos, é o artilheiro da competição com oito gols, posição que divide com Gilberto, atacante do Bahia. Por mais paradoxal que parece, Junior Santos, o maior goleador do clube na Copa do Nordeste, experimenta dificuldades para manter-se como titular. Imaginem se artilheiro não fosse...

Mais

Segundo o comentarista Wilton Bezerra, a sombra do goleiro Everson ainda circula pelos gramados e sede do Ceará em Porangabuçu. Sei não. Só posso dizer que Everson não é titular no Santos. Vanderlei é o titular. Numa transferência, muita coisa pode mudar para melhor ou pior na vida de um jogador. Everson no Ceará era absoluto.

Concorrência

Em São Paulo, a disputa pela posição de titular é bem mais complicada. Vejam a situação de Arthur Cabral. Aqui também era absoluto. Hoje, no Palmeiras, não está sendo aproveitado por Felipão. Por aí se vê a diferença de nível entre o futebol cearense e o futebol paulista.

A Fórmula 1 perdeu um de seus maiores campeões: Niki Lauda. Ele ganhou três títulos mundiais: 1975, Ferrari; 1977, Ferrari; 1984, McLaren. Em 1976, na Alemanha, escapou de acidente no qual a Ferrari pegou fogo. É de uma geração de pilotos inesquecíveis, dentre eles o notável Emerson Fittipaldi

Uma pergunta que é muito repetida na Fórmula 1: qual o melhor piloto de todos os tempos? Os critérios para a avaliação são difíceis pela evolução dos carros, une bem mais competitivos que outros. Na década de 1960 era mais parelho. Valia mais o braço. Assim, o melhor na minha opinião, o escocês Jim Clark. Fantástico.