Tom Barros: Ó pátria amada, idolatrada, salve...

Um 7 de Setembro mais para refletir que para comemorar. O Brasil, de um sonho intenso, vive interminável pesadelo. O País tolerante já não é mais tão tolerante assim. Irmãos divididos. Alguns sinais de ódio onde antes predominava a concórdia. Preocupações mil. Queimadas. De estádios padrão FIFA a hospitais fechados por falta de materiais. Um Brasil cheio de barrigas vazias. Entre bandeiras do desfile civil e militar, flanelinhas mendigando tostões. Riqueza e pobreza. Carrões e carroças. Mas, quando a Seleção Canarinho de futebol vence, a alegria inunda a Nação. Bate o orgulho nacional por possuir o melhor futebol do mundo. Sim, mas já faz 17 anos do último título mundial que o Brasil bom de bola ganhou em 2002 na Copa do Mundo Japão/Coreia. Passou. Campeões aposentados. Será que alguém sabe de cor aquela formação do pentacampeonato? Duvido. Tem de puxar pela memória. Glórias passageiras. Nada de perder a esperança. Tem nióbio na Amazônia Legal. Quando a Seleção Brasileira voltar a ganhar, vem o ópio. Tem Lava-Jato. Luta por um Brasil sem corrupção. Ó Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve...

Mais cedo

Às 11 horas da manhã, Ceará em campo na Arena Corinthians. Queira Deus que minha premonição se concretize, ou seja, bom resultado do Vozão. Um empate, pelas circunstâncias, já seria de bom tamanho. Se vitória do Ceará, aí sim um grito de independência em Itaquera a 25km do Ipiranga. Ceará de Ricardinho; Corinthians do Gustagol.

Mais tarde

Às 17 horas, no Castelão, a vez do Fortaleza. Felipe Pires voando. Em dois jogos levou para si todas as atenções. Tenho advertido: encarem o Fluminense como se fosse líder. É uma forma de se prevenir contra surpresas que os times da zona de rebaixamento costumam aprontar. Tecnicamente, o Leão tem muito mais condições.

Ausência

Corinthians sem Pedrinho perde a criatividade e o talento de um jogador que desequilibra. Foi ele quem comandou a virada (1 x 3) sobre o Fortaleza no Castelão. Já no Fluminense um ambiente nada salutar. O técnico Oswaldo de Oliveira tem problemas com o elenco.

Superlotação na arena do Corinthians na luta do Timão para tentar pela primeira vez em seu estádio derrotar o Ceará. Em 2018, deu empate 1 x 1. Este ano, 2019, o Ceará ganhou (0 x 1), jogo de volta da Copa do Brasil. Agora, o terceiro jogo do Vozão em Itaquera. Taí a luta do Corinthians para quebrar esse tabu.

Nos estádios edificados para a Copa do Mundo no Brasil foram abolidas as cabines de rádio. No Castelão, antes da reforma, cada emissora de rádio tinha a sua cabine isolada. Hoje, as transmissões são feitas de locais improvisados, sem o isolamento. Ainda bem que no PV as cabines de rádio foram mantidas.