Tom Barros: O maior Clássico das Américas

Já imaginaram Neymar cabeça boa, ponderado e concentrado? Um Neymar com o equilíbrio de Lionel Messi? Um Neymar sem confusões e sem Najila Trindade? Meu Deus, aí seria demais. E já que estamos exercitando o poder da imaginação, que tal ter Neymar e Everton Cebolinha no ataque da Seleção Brasileira? Uma dupla a confundir os irmãos argentinos, ora com Neymar na esquerda, ora na direita; com Cebolinha ora na direita, ora na esquerda. E, de repente, um dos dois pelo meio. Nas décadas de 1950 e 1960, a imaginação brasileira sonhou um dia ter na ponta-direita Mané Garrincha e na ponta-esquerda Canhoteiro. Sonhou, mas não os teve em uma Copa do Mundo sequer. Hoje, em razão da contusão de Neymar, não será possível ter Cebolinha e Neymar juntos. Mas, nas futuras convocações, sim. Diante dos argentinos, logo mais, um Brasil que tem time melhor, vive um momento melhor, mas nada disso garante, quando o adversário é uma Seleção do porte da comandada por Messi. Eles se agigantam. Nós também nos agigantamos. Faz parte de uma história de rivalidades intensas em todos os níveis. Maluco o que arrisca antecipar quem passa.

Mestre

Tenho muito respeito e admiração pelo craque Messi de quem sou fã incondicional. Notável seu comportamento dentro e fora de campo. Merecia melhor sorte na Seleção da Argentina, onde jamais conseguiu desenvolver o mesmo futebol que apresenta no Barcelona. É um mestre.

Mais

Na atual formação Canarinho, esperava mais de Philippe Coutinho Correia. Fiquei na sensação de que ele explodiria de vez como dono do time, agora com a ausência de Neymar. Seria o nome para conduzir o time, exercendo forte liderança, já pelo potencial e belo futebol. Não está sendo assim. Pelo menos não foi na primeira fase da competição nem no jogo eliminatório diante do Paraguai.

Sem assombros

Gabriel Jesus teve muita personalidade ao bater o pênalti final que despachou o Paraguai. Sob pressão desde a Copa na Rússia, onde não fez um gol sequer, além de ter perdido um pênalti na atual Copa América, temi por ele. Mas a resposta veio positiva com o gol que classificou o Brasil. Agora, sem assombros, certamente voltará ao que tem de melhor.

Diante da adversidade de um gramado ruim e a situação desfavorável no Diogão em Bragança, o Floresta fez bonito ao empatar (0 x 0). Mão na vaga para a etapa seguinte. Após segurar o Bragantino no Pará, tem jogo de volta segunda, 8 de julho, no PV. Nada definido, mas as condições são favoráveis ao Floresta.

Alerta na Barra do Ceará. A saída de Vilar, a derrota para o Confiança e o empate no PV com o Botafogo-PB não podem passar sem reflexão. Apesar de o Ferrão ter folga de 4 pontos sobre o vice, boa margem, Leandro Campos terá de fazer o grupo voltar ao o ritmo de antes. Agora pega o Santa em Recife. Nada fácil.