Tom Barros: O intercâmbio reduziu as diferenças

Observem bem como não há mais, em elevada dimensão, aquele predomínio que Brasil e Argentina tinham sobre os demais países da América do Sul. O Brasil, para chegar às semifinais, teve de ir para os pênaltis na decisão de vaga com o Paraguai. A Argentina, também para chegar às semifinais, andou aos trancos e barrancos. Perdeu para a Colômbia, empatou com o Paraguai e só se classificou na primeira fase porque pegou o limitado Catar. Não há mais aquelas goleadas de 6 a 0, 6 a 2, como antigamente. A goleada que o Brasil aplicou no Peru (5 x 0) ficou no rol das exceções. O intercâmbio intenso e as permanentes transmissões das grandes competições europeias pela TV estão reduzindo o fosso entre os bobos e os sabidos, entre os espertos e os ingênuos. Claro que ainda existem diferenças que colocam Brasil, Argentina e Uruguai numa condição um pouco superior, máxime se em conta a história e títulos. Entretanto, jamais com a supremacia que mantinham folgadamente nas décadas de 1950, 1960 e 1970. São visíveis os avanços alcançados por Venezuela, Colômbia e Peru. Já o Equador precisa buscar melhor aprimoramento.

Contagem regressiva

Faltam 12 dias para o Fortaleza retomar sua trajetória na Série A nacional. Dia 13, sábado, às 17 horas, enfrentará o Avaí no Castelão. As apreensões são enormes no tricolor, haja vista a perda de jogadores essenciais ao modelo adotado por Rogério Ceni. Com a saída de Marcinho, o técnico terá de reinventar a movimentação da linha de frente do Leão. Como Ceni há tirado da manga cartas mágicas, espera-se que ele faça isso mais uma vez.

Ritmo de jogo

Faltam 14 dias para o Ceará voltar à luta na Série A nacional. Jogo difícil, no Maracanã, dia 15, às 20 horas, diante do Fluminense. A boa notícia é a anunciada recuperação de Wescley. Ótimo. De volta a mais cara contratação do futebol cearense. Resta saber, porém, qual o tempo para o atleta entrar no ritmo da competição.

História

O Brasil é melhor que a Argentina. Ficou provado nas etapas anteriores da Copa América. Mas a história há revelado equilíbrio em disputas assim, mesmo que um dos contendores esteja enfrentando algum tipo de crise.

A Copa América vai chegando às últimas etapas. Independentemente dos resultados, quem dela sairá supervalorizado é o cearense Everton Cebolinha. Ele poderá ir para a galeria dos atletas predestinados a grandes conquistas. Se o Brasil for campeão, Everton mais ainda consolidará a sua imagem no mercado da bola.

Em sentido contrário ao de Cebolinha, Neymar vê cair seu prestígio. A acusação de estupro, ainda que seja inocentado, deixou profunda cicatriz na imagem dele. Na Copa da Rússia também Neymar viu seu prestigio cair. Lá, quem voltou maior que Neymar e com o título de campeão do mundo foi o francês Mbappé.