Tom Barros e os sofrimentos continuados

Nenhuma surpresa nas dificuldades enfrentadas por Ceará e Fortaleza na Série A. Foi assim no passado. É assim no presente. Assim será no futuro, caso as condições sejam as mesmas. Não adianta a torcida vaiar. Isso até piora a situação, na medida em que as vaias geram novas instabilidades. A propósito, injustas as vaias dadas pela torcida alvinegra no Ceará, após o empate com o Bahia, resultado perfeitamente normal. O time lutou, teve coragem, teve brio. Buscou. Esbarrou numa noite inspirada de Douglas, goleiro visitante. Acontece. O Fortaleza, por sua vez, experimentou as adversidades de enfrentar o Grêmio, independentemente do local do jogo. O problema foi chegar à 3ª derrota consecutiva. Problema maior é a luta para superar a avalanche de jogos a que foi submetido. Só a paralisação durante a Copa América para permitir a recuperação física do elenco. Depois disso, certamente uma nova realidade. Ainda assim, não é recomendável ingressar no festival de ilusões. Dirigentes do Ceará e do Fortaleza sabem muito bem que Série A traz desafios e sofrimentos continuados para os chamados times médios da competição. É o que acontece agora.

Abaixo

Até o momento, o time do Ceará tem apresentado produção inferior a que teve na reação contra o rebaixamento no ano passado, quando ganhou do Flamengo no Maracanã, do Cruzeiro no Mineirão, do Corinthians e do Atlético -MG no Castelão, dentre outros resultados positivos diante de grandes equipes. Para se manter na elite, terá de obter resultados assim. Os mais recentes trouxeram preocupação.

Semblante

A expressão de tristeza do técnico Rogério Ceni tem uma razão de ser. Ele vinha de títulos consecutivos com um grupo vitorioso. De repente, experimentou insucessos seguidos, perfeitamente evitáveis. Tomar gols nos minutos finais provoca frustração maior. Motivo simples: você tem o resultado na mão, praticamente certo. Aí, num segundo, tudo desaba.

Expulsão

Pelo visto, em alguns casos, o VAR veio piorar a situação. Na expulsão de Osvaldo, por exemplo, o árbitro estava próximo e entendeu que a ríspida jogada merecia amarelo. O VAR entendeu que cartão vermelho seria o correto. Afinal, em situações assim, a divergência traz mais dúvidas. Nada dirime.

O salto que o Vasco deu, ganhando do Inter/RS, serve de alerta ao Ceará. Vanderlei Luxemburgo vai gradualmente melhorando o time. Na derrota para o Botafogo, o Vasco estava dominando até sofrer o gol. Depois daí, acusou o golpe. Mas é notório que o Vasco vem ajustando suas linhas. Cuidado, Vozão.

Inaceitável A desatenção do Fortaleza nas duas derrotas recentes. Contra o Athletico-PR em Curitiba sofreu o gol aos 42 minutos do 2º tempo. Contra o Grêmio, em Caxias do Sul, sofreu o gol aos 44 minutos do 2º tempo. Não digo só da defesa, pois atrás estava todo o time nas duas situações. Imperdoável erro.