Tom Barros: Desafios bem mais complicados

A segunda rodada da Série A, após a Copa América, é mais difícil do que a anterior. O Ceará enfrenta hoje no Castelão o líder Palmeiras. O Fortaleza encara amanhã, no Estádio Independência em Belo Horizonte, o Atlético Mineiro. E mais, os dois adversários dos cearenses foram feridos por flechas semelhantes: as da eliminação. Sobraram da Copa do Brasil e trazem o ranço que pede vindita pela pressão dos torcedores. O Palmeiras, de Luís Felipe Scolari, tem elenco para três times em um. Três formações distintas e um só Palmeiras verdadeiro. Qual Felipão vai mandar a campo? Não interessa. O que for levará a grife Palmeiras. O Ceará sabe disso. Em Minas, o Fortaleza terá dois adversários: o primeiro, as próprias contusões e impedimentos de atletas essenciais; o segundo, o Atlético. O primeiro pode ser contornado pela capacidade que tem Rogério Ceni na arte de montar e remontar o tricolor, desde a saída de Osvaldo em maio de 2018. Osvaldo retornou. O segundo é o Atlético, o quarto colocado (19 pontos). Um Atlético que tem Maicon, Papagaio e Ricardo Oliveira. Sim, o veterano Ricardo (39 anos), ele mesmo, o sempiterno goleador.

Elenco

Bons jogadores o Ceará tem. O problema está sendo a interminável sequência de tantas contusões em jogadores de extrema importância para o modelo adotado pelo clube. Já imaginaram Wescley, Juninho Quixadá, Felipe Baxola em plena forma? Contusão em bloco quebra todo o planejamento.

Prudência

Nem de longe pensar que Rogério Ceni tropeçará na mesma pedra da ousadia que o levou a querer jogar de igual com o Palmeiras no campo do adversário. Ali tomou goleada. Agora, diante do Atlético-MG, creio que será mais prudente como o foi contra o Grêmio no Centenário e contra o Flamengo no Engenhão. Perdeu, mas teve algumas chances em contra-ataques.

Tem jangada

Amanhã, às 10 horas, direto da enseada do Mucuripe, narrarei ao vivo pela TV Diário a Regata de Jangadas Dragão do Mar, prova náutica que faz parte do Circuito Cearense de Jangadas. Tornou-se uma tradição ver a bravura dos homens do mar numa competição esportiva. Apoio da Colônia Z-8, presidida pelo abnegado Possidônio Soares.

O Floresta está bem organizado dentro e fora de campo. A sala de imprensa, quanto ao cenário mostrado nas entrevistas, está muito bonita. As cores são fortes, numa variação adequada. Agora é torcer para que o time faço bonito, trazendo a classificação amanhã no Valfredão em Riachão do Jacuípe, na Bahia.

O elevado preço do comportamento indevido e da indisciplina contumaz de Neymar está fazendo com que os clubes europeus esnobem o jogador. Barcelona, Real e Juventus barganham agora pelo menor preço. Para recuperar o valor no mercado, Neymar terá de mudar muito dentro e fora de campo.