Tom Barros: Consolidação da nova imagem

Ceará e Fortaleza reiniciaram muito bem a Série A, após a paralisação decorrente da Copa América. Havia incertezas sobre como retornariam, máxime pela falta de contratações significativas. Pelo menos até agora, em termos de resultado, a situação é deveras animadora. Agora chega a fase para consolidar a imagem renovadora da esperança. Aquela em que todos acreditam na evolução, mesmo antes da chegada de reforços. E assim vai o Ceará enfrentar o Internacional no Beira-Rio. O Internacional que eliminou da Copa do Brasil o Palmeiras. O Ceará que, numa atuação memorável, também bateu neste mesmo Palmeiras pela Série A nacional. O Fortaleza recebe o Corinthians. Depois do que fez no Estádio Independência, onde deu exemplo de aguda superação, não duvidem do que seja capaz de fazer esse grupo comandado por Rogério Ceni. O Corinthians, adversário tricolor, é o 10º colocado. Portanto, cumprindo apenas mediana presença, distante do G-4, dez pontos a menos que Palmeiras e Santos. De qualquer forma, é um dos mais respeitáveis times do País. Se vitória do Fortaleza e Ceará na rodada, consolidada estará a nova fase de ambos.

Seleção

Se voltássemos ao tempo do Campeonato Brasileiro de Seleções, os laterais da Seleção Cearense já estariam convocados: Samuel Xavier, do Ceará, e Carlinhos, do Fortaleza. Naquele tempo, décadas de 1950 e 1960, os laterais titulares foram William Pontes e Carneiro. Dois monstros sagrados.

Sem "VAR"

Agora vejo quanto valor tiveram José Tosta, Ricardo Bonadies, Vicente Trajano, Rolinha (Raimundo da Cunha Rola), Alzir Brilhante, Gilberto Ferreira, Louralber Monteiro, Leandro Serpa, Dacildo Mourão, Joaquim Gregório, Lourival Lima, Valdizar Reis, Harry da Costa Ramos, José Cavalcante, Abdon dos Santos e Monteiro da Silva, dentre outros, que apitaram sem o "auxílio" do VAR.

Dúvida

Em todos os esportes, o "tira-teima" através do aparato tecnológico digital tem dado resposta convincente. No futebol, a cada jogo, mais se acentua a polêmica das decisões tomadas pelo VAR. Ora é a demora, a inconveniência, ora a intervenção inoportuna. Em momentos, por mais paradoxal que pareça, até tornou mais confusas as decisões da arbitragem.

Goleiro do Fortaleza, Felipe Alves, após o show que deu no empate com o Atlético em Minas, lançou-se definitivamente nas graças da torcida tricolor. Aquela sequência de três defesas consecutivas e os dois pênaltis defendidos deram a ele a condição de titular absoluto. O próprio Böeck deve reconhecer isso.

O Ferroviário sofreu apagão, perdeu dois jogos seguidos, perdeu a liderança do grupo, Edson Cariús perdeu pênalti. Meu Deus, o que antes era uma torrente de alegria, transformou-se numa torrente de tristeza. Inexplicável queda de produção. Agora, no lugar da esperança, temores. Não dá para entender.