Tom Barros: Ceará tem confronto direto na Arena da Baixada

O Ceará tem jogo difícil neste sábado (31) na Arena da Baixada. Aliás, não vi jogo fácil nessa arena de gramado sintético. O Vozão e o Athletico trafegam em faixas bem próximas. A favor do Athletico, dois pontos a mais (22 a 20) e três posições acima (10º, 13º). Lá estão alguns jogadores que tiveram bons desempenhos no futebol nordestino. O atacante Nikão jogou aqui no próprio Ceará em 2014. O lateral-esquerdo, Márcio Azevedo, destacou-se no Fortaleza em 2007. O zagueiro Léo Pereira teve boa participação no Náutico em 2016. O lateral-direito Jonathan teve passagem significativa na Inter de Milão. Enfim, um time forte. O Athletico tem na sua história um título de campeão brasileiro, Série A, em 2001. Está, pois, na graduação das conquistas, acima do Ceará. Quanto ao momento atual, as condições são favoráveis ao anfitrião. Preocupação maior do Ceará porque perdeu 5 titulares. A ausência mais sentida é a de Samuel Xavier, fato que reduz sobremaneira o apoio ao ataque pela direita. Sem ele, Luís Otávio, Ricardinho, Lima e Leandro Carvalho, o técnico Enderson Moreira terá extrema dificuldade para alterar o modelo, sem deixar cair o padrão. Haja problema.

Amanhã

O Fortaleza recebe o Goiás, que vem no embalo de bela virada sobre o Internacional. Mas muito mais do que o Goiás, o Fortaleza vai no embalo de um dos maiores feitos da atual Série A, ou seja, a espetacular reação diante do Santos, um dos melhores times do Brasil. Da derrota (3 a 0) a um empate memorável (3 a 3) e quase virada em plena Vila Belmiro. Autoestima e autoconfiança do Leão lá em cima. Precisa da vitória para manter a distância sobre o Cruzeiro de Ceni.

Ausência

Fora da partida, Edinho deixa uma lacuna no ataque tricolor, máxime pela velocidade que caracteriza suas ações. Foi assim que ele sofreu o pênalti no jogo diante do Santos e, com a conversão do pênalti em gol, abriu espaço para a espetacular reação. A ausência de Edinho será muito sentida.

Entrada

Quem entrou muito bem em Santos, tendo influência decisiva na reação que levou ao empate foi o atacante Felipe Pires. Certamente aquele seu desempenho pesará muito na avaliação do técnico Zé Ricardo com relação às mudanças que terá de processar para o jogo de amanhã.

Ferroviário promove mudanças profundas no elenco. Concentra esforços para ganhar a Taça Fares Lopes, primeiro passo para tentar a recuperação do prestígio perdido após a eliminação sofrida na Série C nacional. Era preciso mesmo uma reformulação, mas uma reavaliação da política interna também será necessária.

A transparência será fundamental no novo modelo a ser adotado pelo Ferrão. Até hoje, não houve explicação plausível sobre o que levou o time à implosão, após arrasador começo na competição. Assumir culpa conduz a uma melhor convivência interna. Os dirigentes também erram e devem ter a coragem de assumir seus equívocos.