Surfe brasileiro marca história com estreia no Pan-Americano

Robson Santos, Karol Ribeiro, Wenderson Biludo e Chloé Salmon avançam de fase em suas modalidades e seguem em busca de medalhas nos Jogos

Legenda: Robson Santos foi o primeiro dos brasileiros a cair na água
Foto: Eve Santos

A segunda-feira (29) foi um dia histórico para o surfe nas Américas com a estreia do esporte nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. O primeiro brasileiro a entrar na água foi Robson Santos, na quarta bateria do Masculino de Short Board, as pranchinhas, modalidade que estreará nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. O paulista dominou a bateria do início ao fim não dando chances ao equatoriano Israel Barona.

Assim, Robson abriu mais um capítulo da história do surfe brasileiro sendo o primeiro atleta a competir e vencer uma bateria em um Pan ao superar o atleta do Equador por 14,50 x 7,60. Com o resultado, o atleta brasileiro também estabeleceu o maior somatório do dia entre os competidores.

Na sequência foi a vez das mulheres entrarem em cena com a carioca Karol Ribeiro encarando uma dura bateria contra a panamenha Samanta Alonso, que deu trabalho e liderou a bateria do início ao fim, quando a brasileira pegou a onda salvadora que valeu 4,73 e uma virada incrível por apenas 0,13 de diferença nos segundos finais da bateria, vencida por 8,90 x 8,77. "Eu cresci vendo atletas como Tita Tavares e Silvana Lima abrirem caminho para a minha geração. Hoje sou eu quem carrega a responsabilidade de representar o Brasil nessa grande competição e sou muito grata a elas por terem aberto as portas do surfe feminino", declarou Karol.

Além das pranchinhas, os pranchões também tiveram seu dia de estreia no Pan e o Brasil pode comemorar as classificações de Wenderson Biludo e Chloé Calmon, respectivamente.

Com os resultados, o Brasil segue firme em busca do 1º ouro na história dos Jogos com 100% de aproveitamento.

Segundo o presidente do COB, Paulo Wanderley, o surfe é um dos principais esportes para o Comitê Olímpico Brasileiro pelo fato de ter grandes possibilidades de medalha para o Brasil.

Já para Adalvo Argolo, presidente da CBSurf, os surfistas brasileiros ainda não têm a dimensão do que representa para o esporte fazer parte do Programa Olímpico Oficial.

"Tudo é muito novo para o esporte, mas não resta dúvida que o legado que ficará trará frutos que serão colhidos por todas as gerações que virão", declarou Adalvo.