Sopro rumo ao paraíso

Na segunda matéria da série que começou no Piauí, chegamos à paradisíaca Jeri, que cresceu por suas belezas, mas também pelo crescimento do esporte

Legenda: Pousadas oferecem material para alugar e dar aulas, além de suporte para quem traz seu equipamento

O Ceará tem 573km de litoral e em quase todo ele é possível sim, velejar. E quando falamos de esportes a vela, estamos nos referindo a windsurfe e kitesurfe. E Jericoacoara foi um dos primeiros paraísos dos esportes dos ventos, sempre valorizada por sua condição de clima, vento e geografia extremamente rara de se encontrar no mundo. Devido ao esporte, empreendedores atuam nessa linha, inclusive convidando aqueles que ainda não conhecem o wind a descobri-lo por lá. A pousada Vila Kalango, por exemplo, oferece material para alugar e dar aulas, além de suporte para quem traz seu equipamento, com o objetivo de melhor multiplicar um 'lifestyle' que valoriza tudo à sua volta.

Há outras escolas em Jeri, segundo apuramos in loco no máximo 5 com capacidade para oferecer o suporte adequado e seguro para alunos e atletas. Alguns nativos se sobressaem, como é o caso do Edvan Souza, moço novo, que de aprendiz virou atleta e agora é dono da sua própria escola, a Jeri250. Em tempos de alta, escolas como as que aqui citamos chegam a dar uma média de 20 aulas por dia, apresentando o esporte para muita gente; além de alugarem equipamentos e receberem franceses, argentinos, italianos, alemães, dentre outros tantos que aportam por aqui.

Mar ideal

Velejar em Jeri é uma experiência inesquecível, é como ir surfar no Havaí. Seu mar é perfeito, capaz de tirar qualquer um da zona de conforto e fazer querer mais e mais. Suas ondas convidam para surfá-las e a vontade de evoluir é latente. E se Jeri hoje é mais pop, menos nativa, o lugar do esporte precisa ser bem preservado. Jeri está sofrida, o turismo crescente trouxe edificações inapropriadas, que já começam até mesmo a criar barreiras a condição de vento perfeito natural do lugar. Palco de campeonatos nacionais e internacionais, de clínicas e de aprendizes, o wind agora parece ter que se esforçar para não perder seu habitat natural.

Se tem kite por Jeri? Sim, tem! Mas as mais de 25 escolas que por ali se instalaram não dão aulas propriamente no paraíso, Os ventos mais rajados da sua encosta não são os mais propícios ao kite, e por isso, a Praia do Preá, nossa próxima parada, desponta como um dos destinos mais desejáveis de kisurfistas do mundo.

Antes de Jeri, você conferiu como a localidade de Barra Grande, no Piauí, evoluiu a partir do kitesurfe. Na próxima semana, mais um destino surpresa nesta série de matérias especiais.

Agradecimentos:  @egroup_hotels, @vilakalango,  @ticowindjeri @vibeimprensa, @extremonordeste,