Somente o Ferroviário brilhou

Tom Barros

O Ferroviário brilhou nos Aflitos. Ganhou do Náutico. É líder do seu grupo na Série C nacional. E derrubou o técnico Márcio Goiano. Ferrão salvou o futebol cearense num fim de semana em que Ceará e Fortaleza tropeçaram. No Castelão, o Leão de Aço fez bom primeiro tempo. O São Paulo trabalhou em cima, com troca de passes rápidos entre Hudson, Liziero, Antony, Tchê Tchê, mas o Fortaleza em contra-ataques velozes gerou as melhores situações no ataque, máxime com Edinho, Romarinho e Marcinho. Propostas bem definidas. O São Paulo, embora exercitando maior controle com a posse de bela, deu espaços aos avanços do Leão. Na fase final, nítida a queda de ritmo dos dois lados, mas o São Paulo cresceu quando pôs Hernanes no lugar de Igor, passando Hudson para a ala direita. Foi por aí o caminho da vitória. No gol de Hernanes (0 x 1), a infelicidade de Roger Carvalho, que escorregou na hora do combate. Leão sentiu o golpe. A entrada de Júnior Santos e Dodô pouco acrescentou. Os sinais de cansaço revelaram um Leão impotente quando quis reagir. O São Paulo administrou a vantagem e garantiu a vitória. Justo teria sido o empate.

Na mesma pedra

Até quando o Ceará vai sofrer e padecer na cruz dos últimos minutos? Não sei. Foi assim contra o Atlético Mineiro, foi assim contra o Goiás. Como diz o jornalista Fernando Maia, aqui do Diário do Nordeste, só mesmo o árbitro terminando o jogo antes dos 45 minutos da fase final. Quanta desatenção, gente. Uma vez, ainda dá para aceitar. Duas vezes, não. Tropeçar na mesma pedra é inaceitável.

Melhor

Desta vez, na derrota para o Goiás, nem o consolo de ter o Vozão jogado bem. Nada. Restou a desesperança. E agora chega o temor de o time experimentar a mesma situação desconfortável do ano passado, quando escapou pelos milagres do técnico Lisca.

Agonia

No momento a apreensão é total no Ceará. No ano passado, nos quatro primeiros jogos só pegou fera: perdeu para o Santos (2 x 0), empatou com o São Paulo no Castelão (0 x 0), perdeu para o Flamengo no Castelão (0 x 3) e empatou (1 x 1) com o Corinthians em São Paulo. Agora, perdeu para Cruzeiro, Atlético e Goiás. Pior do que em 2018. Deus meu...

Trabalho muito terá Enderson Moreira para ajustar em tempo recorde as linhas do Ceará. Perder três seguidas carrega para o fundo poço a autoestima de qualquer um. E leva junto a torcida, que passa a ver de volta os fantasmas que atormentaram o time até a vinda do técnico Lisca. Não deixem chegar a tanto a situação alvinegra. Pior é que tem agora o Grêmio no caminho.

Eternidade

Se emTodo jogo a demora do VAR for como a que aconteceu para confirmar o primeiro gol do Goiás, assinalado por Marlone, diante do Ceará, daqui a pouco o jogo terá três tempos, ou seja, os dois normais já existentes, e mais um apenas para tirar as dúvidas. Pelo visto, futuramente os jogo serão de 135 minutos. Tudo isso foi apenas para tirar a dúvida de um impedimento.